Notícia
Extinção dos Estaleiros de Viana custou 700 milhões
O valor corresponde ao balanço negativo com que a empresa deverá, no início do ano que vem, encerrar definitivamente a sua actividade. Segundo o Diário de Notícias, a venda dos lotes de aço em curso não terá grande influência nas contas finais da ENVC.
13 de Dezembro de 2017 às 12:36
Os prejuízos acumulados ao longo dos anos pela empresa pública que geria os estaleiros de Viana do Castelo levarão a empresa a acumular um saldo negativo de 700 milhões de euros nas suas contas, que no entanto - garante o presidente da holding da Defesa - não terão impacto no défice.
Em declarações ao Diário de Notícias desta quarta-feira, 13 de Dezembro, João Pedro Martins, presidente da Empordef, refere ainda que que o contas finais estarão dependente do montante que vier a ser apurado com a venda dos lotes de aço que se destinavam à construção dos navios asfalteiros para a Venezuela e com os quais a empresa espera encaixar até 5,5 milhões de euros.
A liquidação da companhia está prevista para as primeiras semanas do ano que vem, depois de concluída a venda das 15.700 toneladas de aço, cujos procedimentos concursais terminam na próxima segunda-feira, 18 de Dezembro.
Este material tinha como destino a construção de dois navios asfalteiros que tinham sido encomendados aos estaleiros à empresa petrolífera venezuelana PDVSA em 2010, mas a construção nunca começou.
A holding da indústria da Defesa - a Empordef, empresa-mãe da ENVC - está igualmente em processo de extinção, que terá de estar concluído, pelos prazos legais, até Julho do ano que vem.
A reestruturação dos ENVC foi iniciada em 2011, no final do último governo Sócrates, depois de a reprivatização da infra-estrutura ter falhado. O Governo Passos/Portas ainda tentou recuperar os estaleiros, mas a intransigência de Bruxelas em considerar ilegais ajudas públicas aos estaleiros impediu essa salvação.
A companhia pública seguiu então, a partir de 2013, para a extinção e a área afecta à actividade dos estaleiros foi entreatno subconcessionada à West Sea, do grupo Martifer. O processo de dissolução da ENVC arrastou-se por causa do diferendo com a Venezuela sobre o contrato de construção dos asfalteiros, um contrato que acabou por ficar resolvido em Maio passado.
Em declarações ao Diário de Notícias desta quarta-feira, 13 de Dezembro, João Pedro Martins, presidente da Empordef, refere ainda que que o contas finais estarão dependente do montante que vier a ser apurado com a venda dos lotes de aço que se destinavam à construção dos navios asfalteiros para a Venezuela e com os quais a empresa espera encaixar até 5,5 milhões de euros.
Este material tinha como destino a construção de dois navios asfalteiros que tinham sido encomendados aos estaleiros à empresa petrolífera venezuelana PDVSA em 2010, mas a construção nunca começou.
A holding da indústria da Defesa - a Empordef, empresa-mãe da ENVC - está igualmente em processo de extinção, que terá de estar concluído, pelos prazos legais, até Julho do ano que vem.
A reestruturação dos ENVC foi iniciada em 2011, no final do último governo Sócrates, depois de a reprivatização da infra-estrutura ter falhado. O Governo Passos/Portas ainda tentou recuperar os estaleiros, mas a intransigência de Bruxelas em considerar ilegais ajudas públicas aos estaleiros impediu essa salvação.
A companhia pública seguiu então, a partir de 2013, para a extinção e a área afecta à actividade dos estaleiros foi entreatno subconcessionada à West Sea, do grupo Martifer. O processo de dissolução da ENVC arrastou-se por causa do diferendo com a Venezuela sobre o contrato de construção dos asfalteiros, um contrato que acabou por ficar resolvido em Maio passado.