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Governo quer reintegrar ex-trabalhadores de estaleiros de Viana no mercado

A equipa de trabalho para ajudar os trabalhadores que saíram dos estaleiros a encontrarem ocupação "vai começar já a funcionar a partir de segunda-feira".

27 de Maio de 2017 às 17:30
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O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, anunciou hoje, em Viana do Castelo a criação de equipa que irá preparar formação profissional aos ex-trabalhadores dos estaleiros navais com vista à sua reintegração do mercado de trabalho.

Em causa estão um grupo de cerca de 150 ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) que a partir do final deste mês deixam de ter ao subsídio de desemprego, cerca de 50 dos quais ainda não atingiram os 57 anos exigidos pela lei para requererem a reforma antecipada por desemprego prolongado e ainda não foram reintegrados no mercado de trabalho.

Em declarações aos jornalistas à margem das comemorações dos 140 anos do Lar de Santa Teresa, naquela cidade e após ter reunido com a comissão representativa daqueles antigos funcionários dos ENVC, Vieira da Silva explicou que a equipa de trabalho "vai começar já a funcionar a partir de segunda-feira".

Adiantou que aquela equipa "envolverá a Câmara Municipal, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, a Segurança Social e os próprios trabalhadores".

"Num momento em que, nesta região, existe um forte dinamismo económico e estão a ser criadas muitas empresas vamos trabalhar com essas pessoas para que elas possam ter um processo formativo especial, já direccionado para as necessidades das novas empresas que se estão a instalar aqui no distrito. Foi uma reunião muito produtiva. Tenho a expectativa que se não conseguirmos resolver os todos problemas resolveremos, decerto, a maioria deles. Em alguns casos, terá que haver alguma intervenção social.

Vieira da Silva especificou que "será definido um perfil formativo para aqueles trabalhadores, adequado às ofertas de emprego e previsíveis ofertas de emprego que os novos investimentos que se estão a localizar, nomeadamente, até ao final deste ano, neste concelho de Viana e neste distrito poderão proporcionar".

"O ponto de concentração e o mais importante foi a convicção conjunta que com as oportunidades de novas empresas, em particular, do sector metalomecânico e automóvel e dado o tipo de qualificações que aqueles trabalhadores têm, se trabalharmos em conjunto, teremos melhores hipóteses e, cremos, boas hipóteses. Há falta de mão-de-obra qualificada aqui na região, felizmente, porque significa que há investimento", disse.

Segundo Vieira da Silva, "com uma ajuda dos serviços públicos, uma ajuda também no domínio da formação pode ser feito um ajustamento, aproximando essa procura dessa oferta e com isso resolver um problema que se arrasta há muito tempo aqui em Viana".

"O essencial é que todos concordámos que o importante é facilitar a reentrada destes trabalhadores no mercado de trabalho", referiu.

No final da reunião com o governante e em declarações aos jornalistas, o porta-voz da comissão representativa dos ex-trabalhadores dos ENVC, António Ribeiro, referiu que "o encontro não se traduziu em nada de concreto, apenas intenções, mas sublinhou que "foi positivo porque o Governo deixou uma porta aberta".

Referiu que "vai ser analisada a possibilidade de minimizar as penalizações para os trabalhadores que requererem a reforma antecipada por desemprego prolongado por terem sido "pressionados" a assinar a rescisão de contrato de trabalho por mútuo acordo.

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