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Empresário que aumentou medicamento em 5.000% nos EUA recusou depor

Martin Shkreli invocou a quinta emenda para não responder aos congressistas e insultou-os depois através das redes sociais. Em Setembro, a empresa de que era CEO aumentou de 12 para 671 euros o preço do Daraprim.

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Shkreli chama 'imbecis' a congressistas norte-americanos
04 de Fevereiro de 2016 às 17:33
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O empresário norte-americano que esteve sob fortes críticas depois de decidir o aumento de 5.000% do preço de um medicamento vital recusou esta quinta-feira depor perante os congressistas dos EUA e insultou-os posteriormente nas redes sociais.

Martin Shkreli recusou prestar declarações invocando a quinta emenda constitucional – que impede um cidadão de depor contra o seu próprio interesse - e sorriu ao longo de quase uma hora durante as interpelações dos congressistas. Depois da audiência, Shkreli publicou mensagens no Twitter insultando os membros do congresso:


"É difícil aceitar que estes imbecis representam o povo no nosso Governo", lê-se num dos "posts".


A Turing Pharmaceuticals, de que é fundador, aumentou em Setembro em mais de 5.000% o preço do Daraprim (destinado a combater doenças infecciosas, como a toxoplasmose), de 13,5 dólares para 750 dólares (12 para 671 euros), uma atitude que foi severamente criticada pela opinião pública, levando a pré-candidata presidencial democrata Hillary Clinton a apelidar o aumento de "acção ultrajante" da farmacêutica.


"Os administradores das farmacêuticas estão a encher os bolsos à conta de algumas das famílias mais vulneráveis da nossa nação. (…) Não tem graça, Sr. Shkreli. Há pessoas a morrer e a ficar cada vez mais doentes", apontou esta quinta-feira o congressista democrata Elijah Cummings.


Além da polémica em torno do aumento do preço do Daraprim, Shkreli enfrenta também acusações judiciais sobre a alegada utilização de dinheiro de uma empresa de biotecnologia para o pagamento de dívidas de companhias criadas posteriormente (num esquema de pirâmide) e por alegadas falsas declarações sobre as receitas do seu antigo "hedge fund".

O empresário de 32 anos foi detido em Dezembro passado sob estas alegações e libertado depois de pagar uma caução de 4,47 milhões de euros.

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