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Empresa renascida das cinzas ganha Passadiços do Vale do Mondego
Responsável pelos famosos e premiados Passadiços de Paiva e participante na reabilitação do Mercado do Bolhão, a Carmo Wood acaba de ser escolhida para a construção dos 11,5 quilómetros de Passadiços do Vale do Mondego, obra avaliada em 1,3 milhões de euros.
Da noite para o dia, nos trágicos incêndios de outubro de 2017, a Carmo Wood, de Oliveira de Frades, ficou reduzida a cinzas. Prejuízos: 40 milhões de euros. Duas semanas depois, estava a retomar a produção num armazém alugado. Menos de um ano depois, estava a inaugurar as novas instalações, num investimento calculado em 35 milhões de euros.
E seguiu em frente - tem cerca de 350 trabalhadores, diretos e indiretos, e uma faturação global que ronda os 80 milhões de euros.
Apresentando-se como líder europeia em madeira tratada, tendo sido a responsável pela construção dos famosos e premiados Passadiços de Paiva, participa na reabilitação do Mercado do Bolhão, no Porto, e acaba de ser escolhida pela Câmara da Guarda para a construção dos Passadiços do Vale do Mondego.
Avaliada em 1,3 milhões de euros, o projeto visa a instalação de um conjunto de passadiços de madeira num trajeto de extensão total de cerca de 11,5 km.
O trajeto desenvolve-se ao longo do Rio Mondego e de dois afluentes – o Ribeiro do Barrocal e o Rio Caldeirão, e divide-se entre caminhos existentes e passadiços entre as paisagens e declives da região, descreve a empresa, em comunicado.
"Além de uma grande honra, este é também mais um grande desafio para toda a equipa Carmo Wood e um reconhecimento da qualidade e ‘expertise’ da nossa empresa na construção deste tipo de estruturas de grande porte e cujo o acesso condiciona bastante os trabalhos. Depois dos Passadiços do Paiva, é um privilégio podermos erguer estes passadiços e ajudar a revelar alguns dos segredos mais bem guardados do Mondego", afirma Jorge Milne e Carmo, presidente da Carmo Wood.
O empresário promete, de resto, que "os novos passadiços serão construídos segundo elevados padrões de exigência, também ao nível da sustentabilidade, de modo a permitir o acesso a paisagens únicas, até agora inacessíveis, no máximo respeito pelo equilíbrio do ecossistema em que se inserem".