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Apoios do Governo nas zonas dos incêndios de 2017 com impacto em 6.300 empregos

O ministro do Planeamento, Pedro Marques, disse hoje que os apoios lançados pelo Governo nas zonas afectadas pelos incêndios de 2017 permitiram manter 3.300 postos de trabalho e criar 3.000 novos empregos.

Filipe Farinha/Lusa
22 de Outubro de 2018 às 20:32
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"Esta é verdadeiramente a grande riqueza", comentou, a propósito dos postos de trabalho hoje anunciados, falando de "novos sinais de esperança", com "mais investimentos" e "novas competências" naqueles territórios.

 

Segundo o governante, aqueles números resultam de dois programas, o primeiro designado "Repor", lançado com o objectivo de manter os postos de trabalho, e o segundo, denominado "Investir", criado para apoiar novos projectos, que representaram, no conjunto, cerca de 500 milhões de euros.

 

O ministro falava em Castelo de Paiva, um dos concelhos que mais sofreu com os incêndios do ano passado, onde hoje foram avançados alguns dados dos apoios no âmbito do programa "Atrair".

 

No dia 15 de Outubro, o grande fogo que lavrou naquele município do norte do distrito de Aveiro destruiu cerca de 60% da mancha florestal, danificando várias habitações e causando prejuízos em várias empresas industriais e agrícolas.

 

Pedro Marques inaugurou hoje, na localidade de Raiva, as novas instalações de uma empresa que foi completamente destruída pelo incêndio do ano passado e que foi recuperada com o apoio de fundos públicos, de cerca de 500 mil de euros, para um investimento global superior a 800 mil euros.

 

Só no programa "Investir", assinalou, o investimento no contexto nacional é de 400 milhões de euros, em projectos económicos que vão permitir "aumentar a escala de valor e diversificar a economia destes territórios" e gerar exportações estimadas em 200 milhões de euros.

 

Aos jornalistas, o governante disse que aquele foi um "momento simbólico", porque se tratava de uma empresa que tinha ficado destruída, pondo em perigo 90 postos trabalho.

 

"Era muito importante lutar por esta empresa e pelos postos de trabalho", sinalizou.

 

Foi graças à conjugação dos dois programas, acrescentou, que se tornou possível recuperar a empresa e criar 40 empregos, a maioria são mulheres, prevendo-se que, até ao final do ano, a unidade industrial admita mais 40, segundo o investidor.

 

Acompanhado pelo secretário de Estado Nelson Sousa, que tutela o Desenvolvimento e a Coesão, Pedro Marques elogiou o empresário Reinaldo Teixeira, que tem várias unidades industriais na zona de Felgueiras, por ter avançado com um projecto de "elevada qualidade" de recuperação e enalteceu o empenho da autarquia local e de outras entidades públicas para o sucesso alcançado em menos de um ano.

 

"Houve muito trabalho para montar esta solução", recordou, agradecendo o empenho de todos, nomeadamente entidades públicas, câmara municipal e empresários.

 

"Hoje estamos todos felizes", concluiu.

O presidente da Câmara, Gonçalo Rocha, agradeceu o apoio do Governo, sem o qual, disse, não seria possível o trabalho que está a ser realizado para "ultrapassar o rasto de destruição do incêndio".

 

"O Governo esteve sempre do nosso lado", afirmou, citando o apoio concedido às pequenas empresas do concelho, no valor de 2,5 milhões de euros, o âmbito de um programa específico para Castelo de Paiva que permitirá criar mais de uma centena de postos de trabalho, entre outras ajudas já no terreno

 

"Acredito que os próximos anos vão ser bons para a nossa terra", previu, falando de "uma nova oportunidade" para Castelo de Paiva.

 

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