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Empresa da área dos alumínios investe cinco milhões de euros em Vouzela
A Refal inaugurou esta segunda-feira em Vouzela as suas instalações, num investimento de cinco milhões de euros e com a expectativa de aumentar os seus atuais 34 postos de trabalho, disse o administrador.
11 de Abril de 2022 às 17:54
"A empresa começou a laborar em abril de 2021 e, até ao final desse ano, o volume de faturação passou os dois milhões de euros e a perspetiva é, nos próximos dois anos, chegar aos 15 milhões de euros", admitiu Paulo Simões.
O empresário, natural da Gafanha da Nazaré, Aveiro, explicou, em declarações à agência Lusa, que "Vouzela foi o local mais perto e com as melhores condições para abrir a empresa", que trabalha soluções em alumínio e tem como "principal mercado Espanha".
"Contámos com o apoio de fundos comunitários e, apesar das incertezas do futuro, com as variações nos preços da energia, da matéria-prima e da mão de obra, o objetivo é continuar a crescer", notou Paulo Simões.
O presidente da Câmara Municipal de Vouzela (distrito de Viseu) não poupou elogios à "visão, ousadia e vontade dos impulsionadores [da empresa], Paulo e a irmã Maribel Simões, que são um exemplo de trabalho, sacrifício e de esperança para outros empresários".
"Num momento em que ninguém espera, quando se vive uma pandemia, em que se enfrentam momentos de muita instabilidade e há grandes desafios pela frente -- agora também com esta guerra na Europa - os nossos empresários são também a esperança", sustentou Rui Ladeira.
Elogios que a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, Isabel Damasceno, que presidiu à inauguração, reiterou, enquanto frisava que "há um novo quadro comunitário de apoio que vai continuar a apoiar os empresários".
"No início, os fundos europeus destinavam-se a modernizar o País, para investir nas infraestruturas básicas. Agora que esse processo está feito, os fundos europeus são para apoiar o investimento privado e nós tudo faremos para continuar a ajudar", assegurou.
Isabel Damasceno reconheceu que, "pontualmente, há necessidade de tratar de infraestruturas básicas, principalmente em territórios de baixa densidade, mas os fundos europeus também fazem distinção entre os territórios".
"Há diferença entre territórios de baixa densidade e os que não são de baixa densidade, precisamente porque são conhecidas as realidades distintas nos diversos territórios e, em regiões como esta e outras o investimento tem de ser maior", sublinhou.