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Eleições na Rússia penalizam resultados da Efapel

A maior fabricante nacional de aparelhagem eléctrica de baixa tensão fechou 2013 com uma facturação de 25,5 milhões de euros no ano, 2,8% abaixo do exercício anterior.

20 de Fevereiro de 2014 às 18:04
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Desta vez a “culpa” não foi do mercado nacional, mas sim do mercado russo, que no ano passado reduziu em 40% as encomendas à Efapel e pressionou a segunda quebra consecutiva na facturação. Depois do recuo de 1% em 2012, as vendas globais da empresa de Serpins (Coimbra) diminuíram 2,8%, totalizando 25,5 milhões de euros.

 

Ao Negócios, o presidente da Efapel admitiu que “de facto, houve uma quebra grande num cliente de exportação, com o distribuidor de material eléctrico na Rússia, que oscila muito [as encomendas]”. “As empresas da Rússia são muito irregulares. Aquele mercado, tal como o português antigamente, tem os seus ciclos eleitorais, logo económicos. Na altura das eleições investe-se mais, quando não há investe-se menos”, justificou Américo Duarte. As presidenciais russas realizaram-se em Março de 2012, tendo Vladimir Putin vencido com 63% dos votos.

 

Em 2013, a maior fabricante nacional de aparelhagem eléctrica de baixa tensão conseguiu estancar as perdas no mercado nacional, que ainda representam 70% das vendas, e até “cresceu um bocadinho”. Não porque o mercado tenha crescido – pelo contrário, voltou a “cair consideravelmente” –, mas por ter “ganho quota à concorrência”, destacou o gestor, que estima dominar 65% a 70% do mercado deste tipo de material eléctrico em Portugal Continental.

 

Quota de exportação de 30%

 

“Portanto, em Portugal já temos pouco a crescer. Nesta altura do campeonato, ou exportamos ou não podemos crescer. E estamos obrigados a exportar. O mercado nacional já não tem como absorver a nossa capacidade de crescimento”, dramatizou Américo Duarte. Os produtos da Efapel são comercializados em mais de 50 países diferentes e aplicados sobretudo na indústria da Construção Civil.

 

No ano passado, três em cada dez euros foram facturados a clientes no exterior. Apesar do mercado angolano ter crescido 15%, o melhor mercado externo para os produtos fabricados em quatro fábricas na Zona Centro está mesmo aqui ao lado: Espanha vale 20% das exportações da empresa que patrocina a equipa de futebol da Académica de Coimbra.

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