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Corticeira Amorim corta dívida para metade com menos 20% de lucros no trimestre

Os lucros foram de 16 milhões de euros, com as vendas a caírem apenas 2% para 199,6 milhões, tendo conseguido reduzir a dívida remunerada líquida para 75,6 milhões, o que traduz uma queda homóloga de 76,7 milhões e menos 35 milhões face ao final de 2020.

António Rios Amorim, presidente da Corticeira Amorim. Jorge Miguel Gonçalves
06 de Maio de 2021 às 16:46
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A líder mundial da fileira da cortiça continua a mostrar-se bastante resistente ao impacto da pandemia no seu negócio, tendo fechado os primeiros três meses deste ano com lucros de 16 milhões de euros e uma faturação de 199,6 milhões de euros, o que representa quedas de apenas 19,7% e 2%, respetivamente, face ao mesmo período do ano passado.

 

Já o EBITDA consolidado totalizou 32,1 milhões de euros, o que traduz uma quebra homóloga de 10,2%. "Apesar do efeito favorável dos preços da cortiça consumida, esta evolução foi penalizada por um efeito cambial desfavorável, menores rendimentos da cortiça, redução dos níveis de atividade e mix de produto menos favorável", explica a Corticeira Amorim, em comunicado das contas divulgado esta quinta-feira, 6 de maio, junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

O grupo liderado por António Rios Amorim salienta, ainda, "o aumento de preço de algumas matérias-primas não cortiça e a subida significativa dos custos de transporte".

 

Adicionalmente, "há a considerar que o primeiro trimestre de 2020 foi o que apresentou a maior rentabilidade e o único com crescimento das vendas, o que condiciona significativamente o comparativo com o período homólogo deste ano", ressalva.

 

Excluindo o efeito "desfavorável" da evolução cambial, a Corticeira Amorim garante que "as vendas teriam sido em linha com as [do primeiro trimestre] do ano anterior".

 

De resto, realça, "a atividade das unidades de negócio continuou a ser condicionada pelas medidas restritivas implementadas por diferentes países para conter a propagação da pandemia de covid-19, com consequências profundas nas economias e padrões de consumo globais".

 

Todas as unidades de negócio registaram decréscimos de vendas, com exceção das áreas de aglomerados compósitos (mais 9,5%, para 27,2 milhões de euros) e de isolamentos (mais 17,5%, para 3,5 milhões de euros).

 

"De salientar que o comparativo com o período homólogo é condicionado pelo facto do primeiro trimestre de 2020 ter sido o único trimestre do ano com crescimento de vendas e que não foi afetado pelos efeitos da pandemia de covid-19", enfatiza a Corticeira Amorim.

 

No negócio das rolhas, que representam cerca de 70% das vendas consolidadas do grupo, a faturação cifrou-se em 140,5 milhões de euros, menos 3% do que há um ano. Uma quebra em valor que refletiu "uma redução dos volumes e uma alteração do mix de produto, em consequência da redução e mudanças nos padrões de consumo de vinho", explica o grupo sediado em Mozelos, Sana Maria da Feira.

A unidade de revestimentos faturou 30,6 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, menos 3,1% face às vendas registadas no mesmo período de 2020.

 

No final de março, "beneficiando de uma evolução favorável das necessidades de fundo de maneio (8,4 milhões de euros) e níveis de investimento em ativo fixo mais baixos (6,4 milhões de euros)", a dívida remunerada líquida fixava-se em 75,6 milhões de euros, menos 76,7 milhões face há um ano e inferior em 35,1 milhões em relação ao final de 2020.

"A robustez do balanço da Corticeira Amorim, associado ao apoio das instituições financeiras, garantem uma adequada e equilibrada estrutura de capitais", afiança a líder mundial da fileira da cortiça.

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