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Carlos Moreira da Silva abandona presidência da La Seda
Gestor é um dos três accionistas da BA PET, que detém 20% da petroquímica catalã. CGD é dona de 14,77% da La Seda
Carlos Moreira da Silva, presidente da BA Vidro e líder do grupo de accionistas agregados na empresa BA PET BV, que detém cerca de 20% da La Seda de Barcelona (LSB) apresentou esta sexta-feira a sua demissão das funções de presidente do conselho de administração da LSB e de presidente executivo da mesma sociedade.
De acordo com o comunicado emitido esta sexta-feira ao mercado espanhol, “a entidade BA PET BV (representada por Carlos Moreira da Silva) e Jorge Alexandre Tavares Ferreira apresentaram a sua renúncia do cargo de presidente e vogal, respectivamente, do conselho de administração da LSB”.
A mesma comunicação adianta que as demissões, no caso de Moreira da Silva das duas funções, foram aceites pelo conselho de administração, dando nota que “aprova” a sua gestão na íntegra e “agradecendo a ambos os serviços prestados pela sociedade até o fim”.
As funções de presidência LSB serão exercidas pelo actual vice-presidente, que actualmente é José Luís Morlanes.
Carlos Moreira da Silva entrou para a administração da LSB em Junho de 2009, tendo assumido a presidência em Outubro de 2010. A BA PET BV, empresa veículo criada pelos três accionistas da portuguesa BA Vidro reforçou o seu capital nos últimos três anos, chegando hoje à situação de maior accionista individual da catalã. A CGD, que entrara alguns anos antes com o grupo Imatosgil, mantém-se o segundo maior accionista, com 14,77%. A terceira entidade accionista comunicada pelo grupo à CNMV espanhola é a Liquidambar, que reúne algumas caixas de poupança espanholas.
Renegociação bancária continua
A LSB “continua em negociações com vista a tratar de alcançar um acordo para a reestruturação da sua dívida”, adianta a nota. A proposta de refinanciamento que actualmente está a ser analisada foi apresentada pelo comité coordenador do empréstimo sindicado” após a BA PET II BV ter desistido do compromisso de subscrever e desembolsar um eventual aumento de capital da sociedade no âmbito do processo de refinanciamento, como anunciado a 2 de Abril.
O conselho de administração adianta ainda que “estudou” a oferta apresentada pelo comité coordenador do empréstimo sindicado e “está a trabalhar com o objectivo de alcançar um acordo com os principais credores nas próximas semanas”. Logo que o acordo seja encerrado, o mercado será informado.