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As farmacêuticas valem milhões. Mas qual delas gera maiores receitas?
O negócio das empresas farmacêuticas vale milhões de euros. Mas qual será o laboratório que ocupa o pódio em termos de volume de receitas: europeu ou norte-americano?
O negócio das empresas farmacêuticas vale milhões de euros. O volume de receitas que gera são precisamente dessa ordem de grandeza. Mas qual é a que tem as maiores receitas?
O jornal espanhol Cinco Días compilou dados que mostram que a norte-americana Pfizer – que nos últimos dias preencheu a actualidade noticiosa devido à compra da Medivation – foi a companhia deste sector que teve maiores receitas no primeiro semestre deste ano. De Janeiro a Junho, obteve receitas de 23.095 milhões de euros, o que representa um crescimento de 15% face ao período homólogo do ano anterior.
Esta farmacêutica, escreve o jornal, surpreendeu os analistas com os resultados alcançados nos primeiros seis meses do ano. Números que, em grande parte, se devem à nova divisão da empresa dedicada aos medicamentos genéricos: a Hospira. O Cinco Días refere ainda que a Pfizer tem crescido nos últimos anos impulsionada pelas aquisições que realizou: Warner–Lambert (no ano 2000), Pharmacia (em 2003), Wyeth (em 2009). E a Hospira que foi fundada em 2004 e comprada no ano passado. A Pfizer tem, actualmente, uma capitalização bolsista de 211.327,3 milhões de dólares de acordo com a Bloomberg.
A segunda farmacêutica que mais receita obteve no primeiro semestre deste ano foi a suíça Roche: 23.025 milhões de euros. Valor que representa um crescimento de 5% face ao mesmo período de 2015. A publicação espanhola aponta que o sucesso, nos últimos anos, da companhia helvética deve-se aos medicamentos oncológicos. Os resultados obtidos na primeira metade do ano, sustentou a empresa citada pelo jornal, devem-se nomeadamente ao aumento das vendas dos medicamentos para o cancro da mama e da leucemia. A farmacêutica tem uma capitalização bolsista de 211.251,3 milhões de francos suíços.
Em terceiro lugar está a também suíça Novartis. Anteriormente detentora do título da maior farmacêutica do mundo em termos de receitas, o recuo de 2% do volume de negócios no primeiro semestre determinou a queda para a terceira posição na lista das maiores empresas do sector. De Janeiro a Junho, a helvética obteve 21,256 milhões de euros. Esta diminuição deve-se, salientou o laboratório na apresentação de contas de acordo com o Cinco Días, à perda da exclusividade nos Estados Unidos do medicamento oncológico Glivec, que compete agora com genéricos, e que teve reflexos no segundo trimestre. Investimentos para o lançamento de novos produtos, facturação aquém do estimado e flutuação cambial euro-dólar foram também outro motivos apontados para o recuo nas receitas. A helvética conta com uma capitalização em bolsa de 206.753,9 milhões de francos suíços.
A primeira farmacêutica da União Europeia surge na sexta posição neste ranking. É a francesa Sanofi (capitalização bolsista de 89.328,4 milhões de euros), que registou 15.426 milhões de euros de receitas nos primeiros seis meses, o que representa uma queda de 4% face ao mesmo período do ano passado.
Em sétimo está a britânica GSK (a capitalização em bolsa alcança os 81.287,2 milhões de libras) que facturou 14.808 milhões de euros no primeiro semestre, mais 11% que no trimestre anterior.
A também britânica AstraZeneca ocupa a nona posição. Registou receitas no valor de 12.804 milhões de euros, uma diminuição de 2% face ao período homólogo de 2015. A capitalização bolsista desta empresa ascende aos 64.428,8 milhões de libras.
A germânica Bayer está na 16ª posição. Os laboratórios facturaram 7.993 milhões de euros no primeiro semestre, mais 7% que no mesmo período do ano passado, de acordo com o Cinco Días. Conta com uma capitalização bolsista de 79.750,8 milhões de euros.
Esta manhã, a Bloomberg escreve que as negociações entre a Bayer e a Monsanto, com vista à criação da maior empresa de pesticidas e sementes, estão a avançar no sentido de um acordo. As duas empresas, segundo fontes da agência noticiosa, fizeram progressos nas negociações no que diz respeito ao preço da compra e taxa de rescisão. O acordo, segundo fontes, pode ser alcançado nas próximas duas semanas.