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Ângelo Ramalho: Portugal não tem um “histórico famoso” nas revoluções industriais

O CEO da Efacec debateu a evolução da indústria e disse que a empresa ainda não tinha chegado ao 4.0. A Sakthi, de Jorge Fesch a credita no papel de Portugal e Espanha, sobretudo nas relações com África. E a Cabelte, de Pais de Sousa, já tem os dois pés na revolução tecnológica.

Pedro Trindade
14 de Novembro de 2016 às 16:50
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Os líderes da indústria nacional estão atentos às alterações que a tecnologia tem trazido às empresas e acreditam que Portugal pode beneficiar com a revolução que está a mudar o mundo. Ângelo Ramalho, CEO da Efacec, está à frente da empresa há um ano, depois das mudanças accionistas, e vê uma "oportunidade" para o país neste cenário. "O nosso track record [histórico] não é famoso nas várias revoluções industriais que houve", relembrou o gestor, que admitiu que a Efacec ainda não atingiu a fase "4.0". "Já fazemos nichos de indústria 4.0 para outros. Temos um caminho comprido mas se reconhecermos o papel hoje sem prurido, chegamos lá", salientou Ângelo Ramalho, durante a conferência "Inovação de Base Tecnológica e Competitividade", do INEGI.


Jorge Fesch, CEO da Sakthi Portugal, fornecedor da indústria automóvel, acredita que "África é o continente das próximas décadas" e que a Península Ibérica terá "um papel muito importante dada a sua proximidade. Temos visto uma crescente capacidade de montagem de automóveis sobretudo para Espanha e este contágio vai favorecer as oportunidades para Portugal". Para o empresário, os construtores automóvel " em 20 anos irão deixar de montar. E querem que os fornecedores sejam de soluções" em vez de apenas peças.


Mário Pais de Sousa, presidente da Cabelte, explicou como é que a sociedade se está a modernizar, aproveitando muitos dos equipamentos com que sempre trabalhou. "Havia máquinas mais velhas do que eu quando entrei na empresa. Mas com start-ups internas e capacidade informática. Tínhamos quebras com estas máquinas. Passados dois anos as nossas máquinas falam com módulos inteligentes e os responsáveis da área recebem no telemóvel o seu estado. Algumas máquinas continuam a ser mais velhas que eu", salientou. A sociedade tem também implementado um sistema que permite aos clientes saberem em que parte da produção ou distribuição se encontram os seus produtos.


As três empresas são "sobreviventes" de anos conturbados que facilmente poderiam ter destruído o negócio. Fesch deu conta das "asneiras" que fez como presidente no início da crise e que foram resolvidas com a ajuda da equipa, que aceitou reduções de remunerações durante algum tempo. A adopção de "um modelo horizontal" foi essencial para melhorar. Ângelo Ramalho salientou o processo "transformacional" na empresa, que sofreu uma reestruturação com redução de pessoal. E adiantou que a inovação deixou de estar concentrada em apenas um cargo e passou a estar espalhada por toda a organização. Pais de Sousa falou de tecnologia e de como mudou a produção e eficiência da empresa.  

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