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Altri prepara entrega da posição na Greenvolt aos acionistas
A Altri admite autonomizar os negócios da pasta e da energia renovável e vai estudar a possibilidade de os seus acionistas passarem a deter a totalidade da participação maioritária que a empresa detém na Greenvolt O que poderá acontecer no segundo trimestre de 2022.
A Altri vai estudar a otimização da sua participação acionista na Greenvolt, "o que poderá envolver um eventual processo de autonomização dessa participação", revela na apresentação dos resultados dos primeiros nove meses.
Algo que acontecerá "se tal constituir uma resposta adequada para a evolução otimizada das empresas em causa, ajustada à realidade subjacente aos seus negócios próprios e às suas perspetivas de evolução e uma vez realizada a análise dos impactos e das vantagens de uma separação total dos negócios da pasta e da energia renovável", acrescenta.
A eventual autonomização de cada um desses negócios, diz ainda, "a ser implementada, poderá ainda permitir a segregação entre os balanços das duas empresas, contribuindo para que ambas prossigam o seu plano de negócios de forma autónoma".
Segundo explica o grupo, a concretização desta eventual operação "assentará num modelo em que os acionistas da Altri passarão a deter a totalidade da participação maioritária que esta empresa detém na Greenvolt, num modelo que será definido na sequência do estudo", e em circunstâncias que "não serão suscetíveis de originar uma transição de controlo sobre a Greenvolt da Altri para outra entidade", assegura.
A possível concretização de tal operação de autonomização das empresas e dos seus negócios está, assegura, dependente da obtenção de todas as aprovações estatutárias, legais, contratuais e regulatórias, neste caso, em particular, por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
O grupo garante também que "tal eventual operação, caso venha a ter lugar, respeitará sempre as obrigações de lock-up assumidas e em vigor até 15 de janeiro de 2022, quer pela Altri, quer pela GreenVolt, no contexto do IPO", o que significa que pode ser "implementada, caso se venha a concluir pela sua viabilidade e adequação e após terem sido obtidas todas as autorizações exigidas, previsivelmente, durante o segundo trimestre de 2022".
A empresa explica ainda que o desenvolvimento normal dos seus negócios e da Greenvolt "registam ciclos e ritmos diferentes e despertam a atenção de distintos perfis de financiadores e investidores".