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3 temas a estar atento nos resultados da Corticeira Amorim
A Corticeira Amorim vai apresentar os resultados referentes a 2019 antes da abertura da próxima segunda-feira, 9 de março. O Negócios escolheu três temas a que deve estar atento nessa comunicação.
Mais vendas e matéria-prima mais barata
A faturação da Corticeira Amorim deverá ter rondado os 800 milhões de euros em 2019, valor que, a confirma-se, traduz-se num crescimento homólogo de quase 5%, com a rentabilidade do negócio a ser reforçada, desde já, por via do preço da matéria-prima, que caiu após um aumento de 30% nos dois anos anteriores. E face à forte aposta em novas utilizações da cortiça, será que o grupo conseguiu reduzir o peso das rolhas nas vendas (69% em 2018)?
Novas fábricas e aquisições
Abril é mês de novas fábricas na Corticeira Amorim - inaugurou uma nos Estados Unidos, na Califórnia, em abril passado, tendo marcado para o próximo mês a abertura de uma nova unidade, em Adelaide, na Austrália, que será a 20.ª do grupo. Já na frente de aquisições, esteve menos ativo em 2019, contabilizando apenas uma compra - 50% da empresa checa Vinolok, a que somou mais 10% da Bourrassé, passando a controlar 70% da empresa francesa. Qual o impacto que estes movimentos produziram no resultado líquido?
Manter dividendo e somar extraordinário: a tradição ainda é o que era?
Depois de ter pago um dividendo de 18,5 cêntimos por conta dos lucros obtidos em 2017 e 2018, veremos se a administração da empresa controlada pelos herdeiros de Américo Amorim e o ramo da família do CEO, António Rios Amorim, mantém a tradição, propondo o cumprimento do adágio "não há duas sem três". Também a confirmar, mais lá para a frente, é se irá aprovar o pagamento de um dividendo "extra", algo que faz de forma contínua desde 2012. Luxo de um grupo que mantém a dívida num nível relativamente confortável.