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Corticeira Amorim com lucros de 75 milhões de euros. Paga dividendo de 0,185 euros
A empresa liderada por António Rios Amorim fechou o ano de 2019 com lucros de 75 milhões de euros, o que representa uma descida de 3,2% face ao ano anterior.
A Corticeira Amorim fechou o ano de 2019 com lucros de 75 milhões de euros, o que traduz uma redução de 3,2% face ao ano anterior. Já as vendas aumentaram 2,4% para perto de 780 milhões de euros.
Com base nestes resultados, comunicados esta segunda-feira, 9 de março, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por António Rios de Amorim propõe a distribuição de um dividendo bruto de 0,185 euros por ação, o mesmo valor pago em 2017 e 2018.
A Corticeira Amorim explica ainda que a "implementação dos preços de venda e ganhos de eficiência operacional nas várias unidades de negócio atenuaram esses efeitos negativos, tendo o rácio Ebitda/Vendas caído para 16%", em comparação com 17,6% no período homólogo.
Vendas crescem à boleia das matérias-primas
No ano passado, as vendas aumentaram 2,4% para perto de 781,1 milhões de euros. No comunicado, a empresa destaca as vendas das unidades de negócio de isolamentos e matérias-primas, que foram "as que tiveram desempenhos mais positivos, com incrementos das vendas de 18,2% e de 9,8%, respetivamente".
No caso das matérias-primas, que vende essencialmente para outras unidades da Corticeira Amorim, esta evolução reflete "um aumento do nível de atividade e preços mais elevados de venda de cortiça". As vendas foram de 204,8 milhões de euros no total do ano para esta unidade.
Já a unidade de rolhas registou vendas de 559,1 milhões de euros, mais 4,7% face ao mesmo período do ano anterior. "De salientar o crescimento em todos os segmentos de negócio (essencialmente no de bebidas espirituosas) e nos principais mercados vinícolas, particularmente Estados Unidos e Itália", refere a empresa.
Em sentido contrário, seguiu a unidade de revestimentos, a única a registar um desempenho negativo. Neste caso, as vendas caíram 3,2% para 108,6 milhões de euros no ano passado.
A dívida líquida da empresa aumentou para 161 milhões, face a 139 milhões em 2018. De acordo com a Corticeira Amorim, foram "as aquisições de 50% da Vinolok e de 10% da Bourrassé que contribuíram para o aumento da dívida".
Corticeira alerta sobre impacto do vírus
Sobre o impacto da propagação do vírus Covid-19, a Corticeira Amorim afirma ser uma "empresa internacional (mais de 90% das vendas fora de Portugal) e, como tal, exposta à economia global, em particular ao consumo privado". Nesse sentido, a propagação do vírus, "se afetar significativamente o consumo, poderá impactar os clientes", pondendo ter "um efeito na atividade desenvolvida".
Ainda assim, "a escala, dimensão e duração do atual momento de incerteza, torna difícil avaliar a dimensão dos seus impactos diretos e indiretos e, como tal, estimar, à data de hoje, o seu valor".
(Notícia atualizada.)