Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

"Estamos a assistir a um equilíbrio entre a oferta comercial e a procura"

Em entrevista ao Negócios por ocasião do primeiro aniversário do Dolce Vita Tejo, Artur Soutinho, administrador da imobiliária, afirmou que o futuro próximo da aposta em centros comerciais passa por pegar em projectos já existentes e melhorá-los.

10 de Maio de 2010 às 18:44
  • ...
A Chamartín está empenhada na construção do centro comercial Dolce Vita Braga e não aponta, por enquanto, a mais projectos de grande envergadura em Portugal. Em entrevista ao Negócios por ocasião do primeiro aniversário do Dolce Vita Tejo, Artur Soutinho, administrador da imobiliária, afirmou que o futuro próximo da aposta em centros comerciais passa por “pegar em projectos já existentes” e melhorá-los.

Ainda há espaço para mais centros comerciais de grande envergadura em Portugal?
Há 10 ou 15 anos havia um défice da oferta comercial relativamente à procura e ao crescimento do país. Nos últimos anos assistimos ao nascimento de vários centros comerciais, de outlets, retail parks. Neste momento estamos a assistir a um equilíbrio entre a oferta comercial e a procura. Portanto acho que continua a haver lugar a novos centros comerciais diferentes e inovadores, vai haver sempre novos conceitos. O que se assiste neste momento é um equilíbrio e não uma saturação de centros comerciais.

Então, na sua opinião, qual será o futuro do sector?
O futuro dos centros comerciais é o próprio conceito. Neste momento, pode haver uma cidade ou outra onde ainda faça sentido construir centros comerciais, mas estar a fazer novos de raiz neste momento em termos estratégicos faz pouco sentido. Pois, se aumentar a oferta, estou a desvalorizar o meu produto, porque estou a correr um risco. O que faz sentido é pegar em projectos já existentes que têm problemas de performance. Pegar neles, melhorá-los, refazê-los, apostar num novo espólio comercial.

A que género de espaços se está a referir?
Centros de cidade, algumas galerias já existentes, o futuro pode passar por aí. A actividade vai-se manter com outras nuances. Refazer centros comerciais já existentes e que já não têm performance. Há muitos centros onde muitas vezes os conceitos estão antigos. Ou seja, o que digo não é aumentar oferta mas sim pegar na oferta e fazê-la melhor.Por exemplo, fizemos isso no Dolce Vita Monumental [Lisboa]. Este centro estava a passar por uma crise e tornou-se um sucesso, com lojas fantásticas, um “food court” muito bom, um centro muito cosmopolita. Se não tivéssemos comprado aquele espaço talvez tivesse fechado como outro qualquer.

Quer então dizer que a “porta está fechada” à construção de centros comerciais de raiz?
Neste momento estamos a desenvolver um projecto que é o Dolce Vita Braga, não tão grande como este [Dolce Vitta Tejo]. Temos estado atentos a outros projectos, mas neste momento é o Dolce Vita Braga e ponto, e depois vamos consolidar os projectos que já temos em curso.

Em que ponto está a vossa internacionalização?
Em termos de internacionalização estamos presentes em Espanha, onde já temos três centros comerciais e temos mais cinco que não são nossos mas em que mantemos a gestão. O valor da empresa está na gestão, na capacidade de fazer o projecto. Novos mercados?... o Brasil. No Brasil está a aparecer uma classe média, ou seja, é uma perspectiva, mas não faz sentido investir 100 ou 200 milhões num projecto de raiz. A ideia é chegar ao Brasil ou Angola e trabalhar com parceiros locais. O nosso modelo passa muito por internacionalização do modelo de negócio.
Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio