O edifício do Palácio das Belas Artes, no Chiado, foi vendido pelo fundo imobiliário que o detinha a um investidor nacional, não revelado, por cerca de 18 milhões de euros, revela a JLL, empresa que representava a entidade vendedora, esta quinta-feira, 10 de Dezembro.

De acordo com o comunicado enviado, o imóvel será agora alvo de um projecto de reabilitação. O comunicado refere que "embora mantendo o seu carácter histórico e a traça arquitectónica neoclássica", a reabilitação "irá equipá-lo tendo em conta todos os requisitos de modernidade e conforto".

Localizado no Chiado, em Lisboa, o Palácio das Belas Artes tem uma área de seis mil metros quadrados e tem mais de 50 metros de fachada, incluindo ainda um edifício comunicante com a rua Víctor Cordon e um jardim interior privativo.

O director do departamento de Capital Markets da JLL, Fernando Ferreira, destaca, no comunicado, o facto de esta ser "uma operação realizada entre investidores portugueses, o que é bastante positivo num mercado onde o investimento estrangeiro tem sido dominante. Mostra que os investidores nacionais também estão activos e atentos a oportunidades fora da área em que têm estado mais presentes, que é o segmento de escritórios".

As origens deste edifício remontam a 1147, onde foi erguido como igreja que foi destruída totalmente no terramoto de 1755. O edifício foi reconstruído como palácio em 1869 e vendido ao Estado em 1971. Em 2009, o Estado vendeu o edifício a um fundo imobiliário português, tendo-se mantido como inquilino até 2014.