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Mercado de escritórios de Lisboa cresce 60% no primeiro semestre

Só nos primeiros seis meses deste ano, foram concretizados cerca de 120 negócios, totalizando perto de 41.100 m2 de espaços ocupados, valor que representa um crescimento de 60% face ao primeiro semestre do ano passado.

14 de Julho de 2014 às 11:44
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Depois de vários anos de quebra nos volumes de procura, o mercado de escritórios da Grande Lisboa começou o ano com um aumento dos valores transaccionados, segundo os dados divulgados esta segunda-feira, 14 de Julho, pela Cushman & Wakefield (C&W).

 

Durante o primeiro semestre de 2014 foram fechados cerca de 120 negócios, totalizando perto de 41.100 metros quadrados (m2) de espaços ocupados, o que representa um crescimento acima de 60% face a igual período de 2013. Ainda assim, apenas 11% acima da média dos cinco anos anteriores.

 

Segundo os dados da Cushman & Wakefield, a transacção de maior dimensão que ocorreu no mercado foi na Zona 2 – a ocupação de 4.000 m2 no edifício Duarte Pacheco 7 por parte da Miranda Correia Amendoeira & Associados. Foi também nesta zona que se fecharam os outros dois maiores negócios deste ano, com a ocupação pela Reditus de 3.300 m2 no edifício 5 Outubro 125, e a Explorer Investments a tomar cerca de 1.500 m2 no edifício Duarte Pacheco 17.

 

A ligeira retoma na procura, bem como as quebras continuadas ao longo dos últimos anos nos volumes de nova oferta, contribuíram para uma correcção da taxa de desocupação que se encontra actualmente em 11,9%.

 

"Excpetuando a Zona 2, todas as restantes zonas assistiram a uma diminuição da sua desocupação, o que deverá ser em parte justificado pela correção da oferta futura ao longo dos últimos anos. De facto, continua a observar-se uma atitude cautelosa por parte dos promotores e, até 2016, apenas estão previstos um total de 54.200 m2 de novos projectos de escritórios no mercado da Grande Lisboa", lê-se no comunicado da C&W.

 

Esta recuperação do mercado é também confirmada pelos valores de arrendamento. Pela primeira vez em quatro anos verificou-se uma correcção em alta da renda prime na Grande Lisboa que, em Março de 2014, subiu 50 cêntimos face a 2013, situando-se hoje nos 19 euros por m2/mês, regressando-se desta forma a valores de Junho de 2011.

 

Segundo Carlos Oliveira, director do departamento de escritórios da C&W, "as perspectivas de evolução do mercado ao longo dos restantes meses do ano são de manutenção das melhorias verificadas neste primeiro semestre, devendo manter-se uma evolução positiva da procura face aos anos anteriores, com uma subsequente correcção na taxa de desocupação do mercado".

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