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Mediadores: Portugal longe da bolha no mercado imobiliária

Os dirigentes das imobiliárias REMAX e Porta da Frente garantiram hoje que não há perspectiva de bolha imobiliária em Portugal, dado o mercado consolidado e o recurso actual ao crédito à habitação.  

25 de Julho de 2017 às 15:52
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"Estamos longe da bolha", afirmou Rafael Ascenso, director geral da Porta da Frente, notando que esse crescimento excessivo artificial está ligado ao crédito à habitação e que em 2016 "95% das transacções foram feitas sem recurso a financiamento".

 

O responsável indicou que há aumento do crédito à habitação, quer para clientes estrangeiros, quer para portugueses, mas "muito longe" do registado no passado.

 

"Os promotores também estão a trabalhar com capitais próprios o que não acontecia antes de 2008. O paradigma mudou", sublinhou.

 

Por seu lado, Manuel Alvarez, Presidente da REMAX Portugal, citado em comunicado, indicou não se estar a "passar por um período Pré-Bolha Imobiliária" e perspectivou um crescimento do mercado "saudável e moderado de cerca de 3%".

 

"Acredito que, nos próximos anos, continuaremos a verificar um crescimento sustentável nos preços e transacções dos imóveis, em linha com aquilo que se verifica em qualquer mercado dinâmico. Por outro lado, os dados a que temos acesso apontam para uma tendencial subida das taxas de juro, causada pelo crescimento económico europeu, o que acabará por limitar os preços das habitações", referiu.

 

No primeiro semestre deste ano, a empresa abriu 11 novas agências e teve um aumento de 520 agentes.

 

A REMAX realizou quase 16 mil transacções de venda e mais de cinco mil transacções de arrendamento, tendo registado maior procura em Sintra, Almada e Amadora.

 

Por seu lado, Rafael Ascendo, na apresentação do 'Marketbeat' da Cushman & Wakefield, com a qual a Porta da Frente colabora, notou os preços semelhantes, nos mercados médio/alto e alto, em Lisboa e em Cascais, enquanto em Oeiras há um registo "intermédio", sendo uma zona que está a ser descoberta.

 

Em Lisboa, notam-se os portugueses a voltar para o centro da cidade, nomeadamente casos de famílias cujos filhos se tornaram independentes e que agora procuram casas mais pequenas e "vida de bairro". Assiste-se, assim, a uma procura crescente nos bairros tradicionais da capital.

 

O responsável sublinhou ainda o regresso dos portugueses, já que 62% das transacções da imobiliária, em 2017, envolveram estrangeiros, enquanto esse número chegou a ser de 85%.

 

"O mercado está consolidado", comentou Rafael Ascenso, referindo que se acumulam as nacionalidades no mercado residencial.

 

A mesma fonte anteviu "algum crescimento" dos preços, num cenário em que há projectos para equilibrar a procura e referiu consequências negativas se os valores escalarem muito.

 

"Deixaremos de ser competitivos em relação a outras cidades europeias, o que motiva os investidores".

 

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