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Investimento em imobiliário comercial mais que duplicou no 2º trimestre

Transacções realizadas entre Abril e Junho ascenderam a 665 milhões, segundo dados da consultora JLL. Depois de um recuo no primeiro trimestre do ano, o segmento voltou a disparar, registando uma “performance excepcional”.

Miguel Baltazar
24 de Julho de 2017 às 10:33
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O investimento em imobiliário comercial  em Portugal disparou para os 651 milhões de euros no 2º trimestre deste ano, um crescimento de 106% que mais que duplica os 315 milhões de euros transaccionados em igual período do ano passado. Face ao trimestre anterior, em que foram investidos 356 milhões, o crescimento foi de 83%. A análise é da consultora JLL, segundo a qual, "depois de um recuo de 37,5%  na actividade durante o 1º trimestre, a performance excepcional do 2º trimestre impulsionou para mais de 1.000 milhões de euros o volume de investimento no 1º semestre do ano".

 

Saliente-se que o conceito de imobiliário comercial inclui imóveis de escritório, retalho, industriais e logística, e ainda de hotelaria, pelo que esta análise exclui as aquisições de imóveis habitacionais e de edifícios para reabilitação.

 

De acordo com o levantamento feito pela JLL, o retalho foi o segmento mais expressivo no semestre, atraindo 40% do capital investido. No entanto, o papel de destaque vai para o imobiliário industrial e de logística, que viu aumentar a sua quota no total investido de 3% (em 2016) para 30% nos primeiros seis meses de 2017. Este crescimento, salienta a consultora, "deve-se sobretudo à transacção do portfólio Logicor, que envolveu um investimento de 260 milhões de euros em activos desta natureza sobretudo localizados na Grande Lisboa".

 

Outros negócios realizados no 1º semestre foram, no retalho, a venda do Vila do Conde Outlet, por 130 milhões de euros ou  os escritórios, do edifício Guitarras, em Lisboa, por 50 milhões de euros. Pelas contas da consultora, este segmento concentrou 24% do investimento semestral.

 

Refira-se ainda que o investimento estrangeiro voltou a aumentar o seu peso no mercado, sendo responsável por 90% do volume investido no semestre, no total de 902 milhões de euros, depois de ter encerrado 2016 com uma representatividade de 85% nos 1.254 milhões investidos nesse ano.

 

Os principais investidores são os fundos de investimento, seguidos dos investidores institucionais, os REIT e os familly offices (capital privado).

 

Neste período, a JLL realizou negócios no valor de 288 milhões de euros, o correspondente a 29% do volume transaccionado no semestre. Entre os negócios assessorados pela empresa incluem-se a venda dos centros comerciais Forum Coimbra e Forum Viseu a um investidor sul-africano pelo valor de 220 milhões de euros, que aponta como "a maior transacção de retalho registada este ano". No segmento de escritórios, esteve envolvida na compra do edifício Entreposto em Lisboa, transaccionado por 65,5 milhões de euros.

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