Notícia
Investimento em imobiliário cai 18% em 2020, mas este ano será "positivo"
Apesar da crise económica e a incerteza geradas pela pandemia, 2020 foi o terceiro melhor ano de sempre no setor imobiliário e este ano deverá ser "positivo", prevê a JLL.
O investimento em imobiliário comercial totalizou 2,7 mil milhões de euros em 2020, valor que representa uma quebra de 18% face ao ano anterior. Já o investimento em habitação atingiu 25,6 mil milhões de euros, um montante praticamente igual ao de 2019. Apesar da crise económica e a incerteza geradas pela pandemia, 2020 foi o terceiro melhor ano de sempre no setor imobiliário e este ano deverá ser "positivo".
As previsões são feitas pela JLL e constam do estudo Market 360º, apresentado esta terça-feira, 26 de janeiro. Segundo o estudo, mais de metade (55%) do investimento em imobiliário comercial realizado em 2020 concentrou-se no primeiro trimestre do ano, altura em que a pandemia ainda não tinha chegado a Portugal.
A maior parte deste investimento (40%) foi feita no segmento de retalho, seguindo-se os escritórios (34%) e a hotelaria (16%).
No ano passado, refere ainda a JLL, Portugal manteve-se como um destino de investimento atrativo para investidores internacionais. "Em crises anteriores, o que víamos era os investidores apostarem em mercados mais maduros e Portugal ficar em fim de linha. Isso não está a acontecer agora", referiu Fernando Ferreira, responsável pelo departamento de investimento comercial da JLL, numa apresentação à imprensa.
A isto junta-se o facto de as taxas de juro se manterem em níveis historicamente baixos e de os mercados de capitais apresentarem um comportamento muito volátil no último ano, uma tendência que deverá manter-se nos próximos tempos. Assim, a expectativa é que o setor recupere este ano. "Achamos que o mercado tenderá a estabilizar, desde que as medidas dos governos possam atenuar o impacto da pandemia", referiu o mesmo responsável.
Compra de casas mantém-se estável
Quanto ao mercado residencial, o volume de negócios transacionado em Portugal no ano passado ascendeu a 25.583 milhões de euros, praticamente inalterado face a 2019, com um total de 167,5 mil casas vendidas. Já os preços médios aumentaram 1,8% em relação aos valores praticados no período anterior à pandemia.
"Portugal continua no radar dos investidores internacionais. Somos um país seguro, que oferece condições extraordinárias. Este ano vai ser muito dinâmico para o mercado residencial", apontou Patrícia Barão, responsável da JLL para este segmento.
Um dos maiores impactos da pandemia, acrescentou ainda, será quanto à necessidade de diversificação dos produtos oferecidos. "Há uma tendência para mudar o layout das casas. Começámos a sentir isso logo março, com a necessidade de se criarem escritórios em casa, bem como uma procura por casas com espaços exteriores. Isso já foi muito refletido nos projetos novos", afirmou Patrícia Barão.
2021 será "positivo"
Perante o cenário de incerteza, mas tendo também em conta os indicadores de que já dispõe, a JLL prevê que 2021 será um ano positivo para o setor imobiliário.
"Estamos moderadamente confiantes. Temos um 'pipeline' grande em todas as áreas, sabemos que as taxas de juro manter-se baixas e Portugal está no mapa. O mercado imobiliário é muito resiliente", sublinhou Pedro Lancastre, presidente da JLL Portugal.
"O mercado imobiliário vai ter um ano positivo em 2021. Já começou bem", concluiu.
As previsões são feitas pela JLL e constam do estudo Market 360º, apresentado esta terça-feira, 26 de janeiro. Segundo o estudo, mais de metade (55%) do investimento em imobiliário comercial realizado em 2020 concentrou-se no primeiro trimestre do ano, altura em que a pandemia ainda não tinha chegado a Portugal.
No ano passado, refere ainda a JLL, Portugal manteve-se como um destino de investimento atrativo para investidores internacionais. "Em crises anteriores, o que víamos era os investidores apostarem em mercados mais maduros e Portugal ficar em fim de linha. Isso não está a acontecer agora", referiu Fernando Ferreira, responsável pelo departamento de investimento comercial da JLL, numa apresentação à imprensa.
A isto junta-se o facto de as taxas de juro se manterem em níveis historicamente baixos e de os mercados de capitais apresentarem um comportamento muito volátil no último ano, uma tendência que deverá manter-se nos próximos tempos. Assim, a expectativa é que o setor recupere este ano. "Achamos que o mercado tenderá a estabilizar, desde que as medidas dos governos possam atenuar o impacto da pandemia", referiu o mesmo responsável.
Compra de casas mantém-se estável
Quanto ao mercado residencial, o volume de negócios transacionado em Portugal no ano passado ascendeu a 25.583 milhões de euros, praticamente inalterado face a 2019, com um total de 167,5 mil casas vendidas. Já os preços médios aumentaram 1,8% em relação aos valores praticados no período anterior à pandemia.
"Portugal continua no radar dos investidores internacionais. Somos um país seguro, que oferece condições extraordinárias. Este ano vai ser muito dinâmico para o mercado residencial", apontou Patrícia Barão, responsável da JLL para este segmento.
Um dos maiores impactos da pandemia, acrescentou ainda, será quanto à necessidade de diversificação dos produtos oferecidos. "Há uma tendência para mudar o layout das casas. Começámos a sentir isso logo março, com a necessidade de se criarem escritórios em casa, bem como uma procura por casas com espaços exteriores. Isso já foi muito refletido nos projetos novos", afirmou Patrícia Barão.
2021 será "positivo"
Perante o cenário de incerteza, mas tendo também em conta os indicadores de que já dispõe, a JLL prevê que 2021 será um ano positivo para o setor imobiliário.
"Estamos moderadamente confiantes. Temos um 'pipeline' grande em todas as áreas, sabemos que as taxas de juro manter-se baixas e Portugal está no mapa. O mercado imobiliário é muito resiliente", sublinhou Pedro Lancastre, presidente da JLL Portugal.
"O mercado imobiliário vai ter um ano positivo em 2021. Já começou bem", concluiu.