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Consórcio investe 50 milhões para transformar antiga fábrica d'A Napolitana em Alcântara numa escola internacional
A fábrica, que deve passar a ser uma escola internacional do Artemis Education Group, vai preservar a fachada original. O investimento total está estimado em cerca de 50 milhões.
O complexo industrial da antiga fábrica de massas A Napolitana, em Alcântara, foi comprado ao Grupo Auchan por um consórcio internacional composto pelos especialistas no mercado imobiliário RFR Holding LLC e CGC, e o grupo internacional Artemis Education com vista à construção de uma escola internacional que vai custar mais de 50 milhões de euros, entre aquisição e obras.
O processo foi intermediado pela consultora internacional Athena Advisers que representou o consórcio na sua primeira aquisição em Portugal. Esta será também a primeira escola do grupo Artemis Education na cidade de Lisboa.
O negócio culmina no arrendamento de longa duração do conjunto de quatro edifícios com uma área total de 12.000 metros quadrados e a preservação das fachadas originais, "representante únicos da arquitetura industrial portuguesa no século XX", segundo explica a Athena Advisers. Já o interior será renovado para modernizar e adaptar as instalações ao ensino, estando ainda prevista a construção de um quinto edifício na propriedade.
"Estamos muito satisfeitos com a conclusão deste negócio. Além de termos conseguido o primeiro investimento em Portugal de conceituadas empresas imobiliárias mundiais, esta operação trouxe para um local emblemático um inquilino de referência que irá permitir não só reabilitar o edificado preservando o seu legado histórico e arquitetónico, mas também valorizar esta zona. Uma escola internacional trará nova vida a uma área em plena revitalização", refere David Moura-George, diretor da Athena Advisers em Portugal.
A antiga fábrica d’A Napolitana está localizada no quarteirão formado pela Rua de Maria Holstein, Rua da Cozinha Económica e Travessa de Teixeira Júnior, em Alcântara, onde foi edificado em 1908. Em 1926 a fábrica foi adquirida pela Companhia Industrial de Portugal e Colónias (CIPC) que a manteve em atividade até 1970.
Traçado por um conjunto de arquitetos e projetistas francêses, o projeto original mantém-se como uma referência da arquitetura industrial portuguesa daquele século até hoje.