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Avaliação bancária das casas arranca ano em máximo desde chegada da troika  

O preço por metro quadrado atingiu o nível mais elevado desde Abril de 2011, mês em que Portugal solicitou ajuda externa.

Bruno Simão
26 de Fevereiro de 2018 às 11:34
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Os bancos avaliaram as casas em 1.153 euros por metro quadrado em Janeiro, no âmbito dos contratos de crédito à habitação concedidos. Este valor representa um novo máximo desde Abril de 2011. Esse foi precisamente o mês em que Portugal solicitou ajuda externa, sendo que desde aí os preços das casas entraram numa trajectória descendente e prolongada.

 

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a subida em Janeiro do valor médio da avaliação bancária foi de 3 euros, ou 0,3%, quando comparado com Dezembro, naquele que foi o décimo mês consecutivo de aumentos. Em termos homólogos (face a Janeiro do ano passado) a subida foi de 4,2%.

 

O novo recorde fixado no arranque de 2018 surge depois de um crescimento de 4,7% ao longo de 2017, ano que foi marcado pela subida expressiva dos preços das casas em Portugal.  

 

Rui Serra, economista-chefe da Caixa Económica Montepio Geral, apontou em Janeiro ao Negócios que no "passado pré-crise, os preços da avaliação bancária, em alguns bancos, não reflectiam verdadeiramente os preços das transacções, sendo normalmente superiores. No auge da crise, pode ter sucedido o contrário". Para o economista, "actualmente, a avaliação bancária tem cada vez uma maior correlação com os preços das vendas, pelo que se os preços das casas continuarem a subir (que é o nosso cenário central), espera-se que os valores das avaliações bancárias também aumentem".

 

Segundo o INE, o valor médio de avaliação dos apartamentos aumentou 5 euros em Janeiro, para 1.205 euros/m2, enquanto nas moradias verificou-se uma descida de 2 euros, para 1.065 euros/m2. Em termos homólogos, as avaliações bancárias de apartamentos e de moradias aumentaram 4,9% e 3%, respectivamente.

 

A nível regional, as maiores subidas na avaliação bancária situaram-se nos Açores (1,4%) e na Área Metropolitana de Lisboa (0,9%). As únicas descidas verificaram-se na Região Autónoma da Madeira (- 1,9%) e no Algarve (-0,3%).

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