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Subida dos preços da energia: "Ninguém pode suspirar de alívio", diz ministro da Economia
Referindo-se ao Orçamento do Estado para 2024, o governante garantiu que o documento "foi feito para esse cenário: é prudente, salvaguarda o país de ter de tomar medidas no futuro".
Questionado sobre se o reacender do conflito entre Israel e o Hamas no Médio Oriente pode desencadear uma nova crise energética mundial, com os preços da energia a regressarem aos preços recorde de 2022, o ministro da Economia, António Costa Silva, garantiu que "hoje ninguém pode respirar de alívio, porque as incertezas são muito grandes".
Referindo-se ao Orçamento do Estado para 2024, o governante garantiu que o documento "foi feito para esse cenário: é prudente, salvaguarda o país de ter de tomar medidas no futuro, que não sei ainda se vão ser necessárias ou não porque as tensões geopolíticas estão a crescer. Mas estamos atentos. O mapa de riscos mudou no último fim de semana e introduziu um fator ainda mais pesado", disse aos jornalistas no encerramento da conferência anual da Associação Portuguesa de Energia.
Quanto à injeção de 366 milhões de euros no sistema elétrico nacional, que a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, já tinha explicado que servirá para "estabilizar o aumento dos preços que as famílias vão enfrentar" em 2024 (sem descartar a necessidade de novas injeções), Costa Silva disse que estas "medidas foram tomadas com as informações que tínhamos na altura".
"Agora vivemos em grande incerteza. Vamos ver se isso é minimizado ou não", rematou, deixando para os "colegas da energia" mais comentários sobre os preços da luz para o próximo ano.
Sobre a origem do problema, o ministro (que durante décadas trabalhou na petrolífera Partex, que pertencia à Fundação Gulbenkian), garante que "os mercados de energia não gostam de convulsões no Médio Oriente, onde está um terço da produção mundial de petróleo".
"Se há convulsões e elas duram bastante tempo, como já aconteceu no passado, estas podem pressionar os preços em alta. Se vier a comprovar-se que o Irão está envolvido nos ataques do Hamas contra Israel, as sanções dos EUA vão voltar a apertar. O Irão está a colocar hoje nos mercados 3,4 milhões de barris de petróleo por dia, depois do alívio dado pela Administração Biden. Depois do aumento dos preços, que chegaram a quase 98 dólares por barril, que se seguiu ao anúncio da OPEP+ acerca da aliança entre a Arábia Saudita e a Rússia, de cortarem 1,2 milhões de barris, o Irão passou a colocar mais petróleo no mercado internacional. Mas se as sanções apertarem podemos ter um ciclo diferente", prevê Costa Silva.
Referindo-se ao Orçamento do Estado para 2024, o governante garantiu que o documento "foi feito para esse cenário: é prudente, salvaguarda o país de ter de tomar medidas no futuro, que não sei ainda se vão ser necessárias ou não porque as tensões geopolíticas estão a crescer. Mas estamos atentos. O mapa de riscos mudou no último fim de semana e introduziu um fator ainda mais pesado", disse aos jornalistas no encerramento da conferência anual da Associação Portuguesa de Energia.
"Agora vivemos em grande incerteza. Vamos ver se isso é minimizado ou não", rematou, deixando para os "colegas da energia" mais comentários sobre os preços da luz para o próximo ano.
Sobre a origem do problema, o ministro (que durante décadas trabalhou na petrolífera Partex, que pertencia à Fundação Gulbenkian), garante que "os mercados de energia não gostam de convulsões no Médio Oriente, onde está um terço da produção mundial de petróleo".
"Se há convulsões e elas duram bastante tempo, como já aconteceu no passado, estas podem pressionar os preços em alta. Se vier a comprovar-se que o Irão está envolvido nos ataques do Hamas contra Israel, as sanções dos EUA vão voltar a apertar. O Irão está a colocar hoje nos mercados 3,4 milhões de barris de petróleo por dia, depois do alívio dado pela Administração Biden. Depois do aumento dos preços, que chegaram a quase 98 dólares por barril, que se seguiu ao anúncio da OPEP+ acerca da aliança entre a Arábia Saudita e a Rússia, de cortarem 1,2 milhões de barris, o Irão passou a colocar mais petróleo no mercado internacional. Mas se as sanções apertarem podemos ter um ciclo diferente", prevê Costa Silva.