Notícia
Sindicatos criticam "silêncio" da Galp e Governo sobre fecho de refinaria em Matosinhos
Para travar o fecho da refinaria, os trabalhadores têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos.
08 de Janeiro de 2021 às 21:56
Os trabalhadores da refinaria da Galp em Matosinhos, que vai encerrar este ano, criticam o "silêncio" da administração e o Governo por não assumir as suas responsabilidades enquanto acionista da empresa.
No final de uma reunião com o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, no Porto, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte) considerou "inacreditável" que a administração da Galp ainda "nada tenha dito" aos trabalhadores sobre o fecho da refinaria.
Além disso, Telmo Silva acrescentou ser também "incrível" que o Governo, sendo o segundo maior acionista da empresa, não diga nem faça nada.
A Galp vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos este ano.
Esta decisão, anunciada a 21 de dezembro de 2020, põe em causa 500 postos de trabalho diretos e 1.000 indiretos.
A 30 de dezembro, e numa reunião pública do executivo municipal de Matosinhos, o responsável pela refinaria, José Silva, garantiu que a decisão de encerrar "está tomada e fechada".
"A visão do ministro [do Ambiente] é de que não tem de se imiscuir na decisão da Galp, mas nós achamos o contrário, achamos que o Governo, como segundo maior acionista, tem todas as responsabilidades", disse.
Para o sindicalista, "à boleia" da transição energética destroem-se postos de trabalho, falando em mais de 1.500 (500 diretos e 1.000 indiretos).
Telmo Silva questiona onde estão os ganhos ambientais se há uma transferência da produção de Matosinhos para Sines. "Não há ganhos ambientais, vamos é transferir as emissões daqui [Matosinhos] para Sines", afirmou. O que o fecho desta refinaria vai provocar é o aumento das importações e o trafego marítimo e rodoviário, entendeu.
À semelhança de Telmo Silva, o dirigente do Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (Sicop), Rui Pedro Ferreira, diz que as respostas "não são nada animadoras".
Uma das questões levantadas por esta estrutura sindical passa pela ausência de um estudo macroeconómico para dar uma perspetiva do impacto do fecho da refinaria na região e país.
As implicações vão ser "muitas", assumiu, acrescentando que essas devem ser calculadas.
Para travar o fecho da refinaria, os trabalhadores têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos.
O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.
No final de uma reunião com o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, no Porto, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte) considerou "inacreditável" que a administração da Galp ainda "nada tenha dito" aos trabalhadores sobre o fecho da refinaria.
A Galp vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos este ano.
Esta decisão, anunciada a 21 de dezembro de 2020, põe em causa 500 postos de trabalho diretos e 1.000 indiretos.
A 30 de dezembro, e numa reunião pública do executivo municipal de Matosinhos, o responsável pela refinaria, José Silva, garantiu que a decisão de encerrar "está tomada e fechada".
"A visão do ministro [do Ambiente] é de que não tem de se imiscuir na decisão da Galp, mas nós achamos o contrário, achamos que o Governo, como segundo maior acionista, tem todas as responsabilidades", disse.
Para o sindicalista, "à boleia" da transição energética destroem-se postos de trabalho, falando em mais de 1.500 (500 diretos e 1.000 indiretos).
Telmo Silva questiona onde estão os ganhos ambientais se há uma transferência da produção de Matosinhos para Sines. "Não há ganhos ambientais, vamos é transferir as emissões daqui [Matosinhos] para Sines", afirmou. O que o fecho desta refinaria vai provocar é o aumento das importações e o trafego marítimo e rodoviário, entendeu.
À semelhança de Telmo Silva, o dirigente do Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (Sicop), Rui Pedro Ferreira, diz que as respostas "não são nada animadoras".
Uma das questões levantadas por esta estrutura sindical passa pela ausência de um estudo macroeconómico para dar uma perspetiva do impacto do fecho da refinaria na região e país.
As implicações vão ser "muitas", assumiu, acrescentando que essas devem ser calculadas.
Para travar o fecho da refinaria, os trabalhadores têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos.
O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.