O novo líder da REN, Rodrigo Costa, considerou esta quinta-feira que a contribuição extraordinária sobre o sector energético foi um dos grandes desafios que a empresa energética enfrentou em 2014, qualificando esta medida como um "surpresa bastante negativa", que penalizou os resultados da empresa.

"2014 foi um bom ano para a REN, mas com imensos desafios", foi desta forma que o novo CEO da REN iniciou a sua primeira apresentação de resultados enquanto líder da empresa. Rodrigo Costa destacou as dificuldades ao nível da relação com o sector, mas sobretudo a contribuição extraordinária. "Foi uma surpresa bastante negativa", apontou o responsável, na conferência de divulgação de resultados de 2014.

A REN já pagou a taxa de 25,1 milhões de euros de CESE relativa ao ano passado, em Fevereiro, mas a empresa vai fazer a contestação judicial deste imposto, que considera ter erros na sua concepção e não estar em equilíbrio em relação à empresa.

"Estamos convencidos que temos razão", adiantou Rodrigo Costa, acrescentando que por agora não há mais novidades em relação à contestação judicial e trata-se de um processo que poderá levar "vários meses e arrastar-se até mais que um ano".

Na sua primeira conferência de resultados enquanto líder da companhia, o gestor mostrou-se satisfeito e enalteceu o desempenho operacional da REN, que tem conseguido reduzir os seus custos de financiamento, bem como os resultados operacionais.

Em relação à política de remuneração accionista, o CEO da REN reiterou que a empresa, que vai propor o pagamento de um dividendo de 17,1 cêntimos relativo ao exercício de 2014, vai manter uma "remuneração accionista interessante".

"Temos muito bons atractivos para manter um grupo de investidores grande interessado na empresa", concluiu o novo líder da REN.