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Caixa BI reduz recomendação à REN

A recente valorização em bolsa da gestora da rede energética portuguesa deixou uma curta margem para subidas, depois de apresentados resultados "neutrais" e idênticos aos dos últimos semestres.

O Haitong avalia as acções da REN em 3,20 euros, o que implica um potencial de valorização 20%. A recomendação é de comprar.

A empresa que gere a rede energética em Portugal continua a transaccionar em bolsa a desconto face às suas congéneres, refere o Haitong, que destaca a avaliação “atractiva” da REN, que paga um “dividendo seguro”.

O banco de investimento assinala que o desconto da REN face às congéneres alargou-se em 2014 e permanece perto de máximos históricos ao nível do rácio EV/EBITDA. O Haitong  destaca que está prestes a chegar à maturidade uma obrigação com custos elevados, pelo que a descida dos custos financeiros deverá contribuir para um crescimento acima de 10% nos lucros em 2017. “Actualmente, o maior risco que vemos na REN é o alargamento da taxa extraordinária sobre os activos energéticos”, refere o “research”.
Miguel Baltazar
23 de Março de 2015 às 11:23
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O Caixa BI cortou a recomendação atribuída à REN – Redes Energéticas Nacionais. Sem surpresas nos resultados, e com os títulos com uma valorização anual acumulada acima de 16%, não há espaço para continuar a aconselhar a compra dos títulos da empresa agora sob o comando de Rodrigo Costa (na foto). Assim, a recomendação da unidade de investimento da CGD passou de "acumular" para "manter".

 

"Considerando que as acções da REN registaram uma valorização de cerca de 16% desde o início do ano, reduzimos a nossa recomendação de ‘accumulate’ para ‘hold’, dada a diminuição do potencial de valorização face ao nosso preço-alvo", indica a analista Helena Barbosa numa nota emitida na passada sexta-feira. O índice de referência soma 24% desde o arranque de 2015. 

 

As acções da REN estão hoje a negociar nos 2,793 euros, descendo 0,96%, sendo que o "target" apresentado é de 2,80 euros. O que, escreve a especialista do Caixa BI, ainda dá uma boa rendibilidade do dividendo, "superior a 6%", o que "compara com uma 'yield' de cerca de 1,65% das Obrigações do Tesouro portuguesas a dez anos". 


Em 2014, a REN quebrou a tradição de não aumentar o dividendo e optou por entregar aos accionistas os mesmos 17,1 cêntimos que tinha pago no ano anterior. Isto na mesma altura em que apresentou uma quebra de 7% do lucro, para 113 milhões de euros, num ano em que sofreu o impacto negativo da contribuição extraordinária sobre o sector energético – há ainda incertezas sobre a manutenção desta taxa e do seu pagamento.

 

"Os resultados da REN não apresentaram surpresas e mantiveram as tendências observadas nos trimestres anteriores, ou seja a diminuição do EBITDA [resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] compensada pela queda dos custos financeiros e o resultado líquido negativamente afectado pelo imposto especial aplicado às empresas do sector", resume Helena Barbosa. Sem surpresas, e à espera da actualização do plano estratégico que só acontecerá em Maio, o Caixa BI não vê razões para manter a recomendação anteriormente atribuída.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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