Notícia
Revendedores de gás engarrafado contestam Deco e dizem que perderam dinheiro
O presidente da ANAREC diz que os revendedores se sentem injustiçados e pede que se indique quem afinal ganha estas margens de lucro.
24 de Fevereiro de 2017 às 11:55
A Associação de Revendedores de Combustíveis defendeu hoje que os vendedores de gás de garrafa não ganham mais do que ganhavam há cinco anos, numa reacção ao estudo da Deco que aponta para um aumento nas margens de distribuição.
"Por parte dos revendedores, hoje não ganham mais do que ganhavam há quatro ou cinco anos, pelo contrário, perderam dinheiro porque perderam clientes", disse à agência Lusa o presidente da ANAREC - Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis, João Durão Santos.
O responsável falava a propósito de um estudo que a Deco divulgou na terça-feira e que indica que o preço do gás de garrafa duplicou nos últimos 15 anos e que "a diferença entre o preço de referência e o de venda ao público aumentou substancialmente".
"Eu vendo gás de garrafa no Porto e não ganho muito dinheiro e a maioria dos vendedores de gás de garrafa não ganham o dinheiro de que se fala", acrescentou João Durão Santos, sublinhando: "No fundo a Deco diz que as margens de lucro dispararam, mas os revendedores não têm margens grandes".
O presidente da ANAREC diz que os revendedores se sentem injustiçados e pede que se indique quem afinal ganha estas margens de lucro.
"Quando o gás natural apareceu nunca se preocuparam que tivéssemos de continuar com os mesmos funcionários (...). Houve uma protecção do Governo ao gás natural e a Deco nunca se preocupou com os revendedores, que perderam clientes", afirmou.
No estudo, a Deco refere que, face ao gás natural, o de garrafa custa mais do dobro por quilowatt-hora (kWh) e pede ao regulador que faça um estudo aprofundado sobre as várias parcelas que levam à formação do preço para averiguar a razão da diferença encontrada.
Ao comparar a média de preços que recolheu com o valor de referência apurado pela Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis (ENMC), a Deco verificou que "a diferença entre o preço de referência e o de venda ao público aumentou substancialmente".
"Nos últimos três anos, o preço de referência desceu cerca de 48 cêntimos por quilo, ou seja, 6,24 euros numa garrafa de 13 quilos de butano. Já o preço de venda ao público só desceu 21 cêntimos por quilo, o que se traduz em 2,77 euros por garrafa", exemplifica.
A Deco sublinha ainda que esta diferença deveria ser justificada pelo aumento dos custos de distribuição e logística associada à botija e ao seu transporte, mas que tal "não parece ter acontecido", concluindo que "houve um aumento das margens de distribuição".
A defesa do consumidor considera ainda "fulcral e justo" que a taxa de IVA aplicada a estes serviços seja reduzida para 6%.
"Por parte dos revendedores, hoje não ganham mais do que ganhavam há quatro ou cinco anos, pelo contrário, perderam dinheiro porque perderam clientes", disse à agência Lusa o presidente da ANAREC - Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis, João Durão Santos.
"Eu vendo gás de garrafa no Porto e não ganho muito dinheiro e a maioria dos vendedores de gás de garrafa não ganham o dinheiro de que se fala", acrescentou João Durão Santos, sublinhando: "No fundo a Deco diz que as margens de lucro dispararam, mas os revendedores não têm margens grandes".
O presidente da ANAREC diz que os revendedores se sentem injustiçados e pede que se indique quem afinal ganha estas margens de lucro.
"Quando o gás natural apareceu nunca se preocuparam que tivéssemos de continuar com os mesmos funcionários (...). Houve uma protecção do Governo ao gás natural e a Deco nunca se preocupou com os revendedores, que perderam clientes", afirmou.
No estudo, a Deco refere que, face ao gás natural, o de garrafa custa mais do dobro por quilowatt-hora (kWh) e pede ao regulador que faça um estudo aprofundado sobre as várias parcelas que levam à formação do preço para averiguar a razão da diferença encontrada.
Ao comparar a média de preços que recolheu com o valor de referência apurado pela Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis (ENMC), a Deco verificou que "a diferença entre o preço de referência e o de venda ao público aumentou substancialmente".
"Nos últimos três anos, o preço de referência desceu cerca de 48 cêntimos por quilo, ou seja, 6,24 euros numa garrafa de 13 quilos de butano. Já o preço de venda ao público só desceu 21 cêntimos por quilo, o que se traduz em 2,77 euros por garrafa", exemplifica.
A Deco sublinha ainda que esta diferença deveria ser justificada pelo aumento dos custos de distribuição e logística associada à botija e ao seu transporte, mas que tal "não parece ter acontecido", concluindo que "houve um aumento das margens de distribuição".
A defesa do consumidor considera ainda "fulcral e justo" que a taxa de IVA aplicada a estes serviços seja reduzida para 6%.