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PS quer saber se Concorrência já informou o Governo sobre preços do gás de garrafa
Os deputados socialistas dizem querer saber se a Autoridade da Concorrência já respondeu ao pedido de esclarecimento do Governo sobre os preços do gás de garrafa, salientando a necessidade de estabilidade neste sector.
Em comunicado enviado na tarde desta sexta-feira, 24 de Fevereiro, às redacções, os deputados do PS notam querer saber se a Autoridade da Concorrência (AdC) já deu resposta ao pedido de esclarecimento feito pelo Governo sobre a questão relacionada com os preços do gás de garrafa.
Citando um requerimento enviado ao secretário de Estado da Energia, e depois de recordarem que "o gás natural chega apenas a 25% da população nacional, localizada sobretudo em grandes centros urbanos", referem que "a grande maioria dos portugueses são obrigados a recorrer ao gás de petróleo liquefeito, chamado gás de garrafa".
Para de seguida assinalarem que "este mercado apresenta diversas anomalias em relação a preços, nomeadamente em comparação com Espanha, além de uma enorme assimetria a nível regional".
Recordando que tendo em conta esta circunstância o Governo, ainda em Maio do ano passado, pediu esclarecimentos à AdC, os deputados acrescentam: "Sabemos que no contexto do Orçamento do Estado para o ano de 2017 a regulação deste mercado passou para o domínio da ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, aproveitando as economias de escala com o Gás Natural". Como tal os deputados socialistas pretendem saber se já houve resposta e, se sim, em que consiste a mesma.
Esta terça-feira a Deco publicou um estudo que indica que, segundo citação da Lusa, o preço do gás de garrafa duplicou nos últimos 15 anos e que "a diferença entre o preço de referência e o de venda ao público aumentou substancialmente".
Em resposta a este estudo, e também citada pela Lusa, a Associação de Revendedores de Combustíveis fez saber esta sexta-feira que os vendedores de gás engarrafado não ganham mais do que ganhavam há cinco anos.
"Por parte dos revendedores, hoje não ganham mais do que ganhavam há quatro ou cinco anos, pelo contrário, perderam dinheiro porque perderam clientes", afiançou o presidente da ANAREC - Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis, João Durão Santos.