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Reavaliação do IMI fez disparar valor das barragens de Miranda do Douro em 139 milhões

Alteração nos critérios de apuramento do Valor Patrimonial Tributário (VPT) fez disparar o valor das barragens. Valor das barragens de Miranda do Douro, vendidas pela EDP à Engie, subiu 128% num espaço de meses. IMI das barragens a pagar também aumentou.

DR
28 de Outubro de 2024 às 09:09
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O valor das barragens de Miranda do Douro, onde estão duas das seis centrais que a EDP vendeu ao consórcio da Engie em 2020, aumentou substancialmente, devido aos novos critérios de apuramento do Valor Patrimonial Tributário (VPT), avança esta segunda-feira o Público. As barragens foram reavaliadas este ano para saber quanto é que a atual concessionária tem a pagar de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). 

Em novembro de 2023, as duas centrais hidroelétricas, localizadas nas freguesias de Picote e Miranda do Douro, foram avaliadas em 108,2 milhões de euros. Num espaço de meses, devido à alteração de critérios, o valor das barragens subiu 128%, com o VPT a mais do que duplicar para 247,1 milhões (mais 139 milhões)

Em causa está uma alteração feita este ano pelo anterior Governo de António Costa, que obrigou a Autoridade Tributária (AT) a corrigir o procedimento de avaliação das barragens, para que os chamados "órgãos de segurança e exploração" — os equipamentos utilizados para a produção de energia — passassem a ser considerados "parte componente" dos imóveis.

Como o IMI pago no concelho de Miranda do Douro é de 0,3%, o montante a pagar anualmente pela concessionária das duas barragens em causa, a Mohvera, passa de 324 mil euros para 741 mil.

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