Notícia
Quercus quer obras nas barragens do Tâmega suspensas para avaliação da segurança
Em março de 2019 estavam concluídos 45% dos trabalhos e a Iberdrola aponta 2022 como o ano da conclusão do empreendimento.
11 de Junho de 2019 às 19:30
A Quercus defendeu esta terça-feira que o Governo mande suspender as obras nas três barragens do rio Tâmega, para se proceder à avaliação das condições de segurança, informou a associação ambientalista.
Num comunicado enviado à Lusa, reclama-se a necessidade de suspensão dos trabalhos, até haver "uma correta avaliação das condições de segurança relacionadas com as falhas geológicas e outros problemas geotectónicos".
"Existindo fortes indícios de problemas geotectónicos que podem colocar em perigo a estabilidade das barragens e a segurança das pessoas e bens na bacia do Tâmega e Douro, a Quercus pede ao Governo que, seguindo o princípio da precaução, mande suspender as obras de todas as barragens do Tâmega até que estas questões sejam cabalmente esclarecidas", acrescenta a Associação Nacional de Conservação da Natureza.
No documento enviado à Lusa, a organização ambientalista refere ter tomado conhecimento de que empresa espanhola Iberdrola, responsável pela exploração do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), "viu-se confrontada com um problema geotécnico numa das três barragens que está a construir no rio Tâmega, que obrigou a suspender temporariamente alguns dos trabalhos".
Assinala também, citando informação da população local, que "as obras estão completamente paradas na barragem do Alto Tâmega".
A Quercus recorda que, em março de 2016, já tinha pedido a realização de um novo Estudo de Impacte Ambiental para as barragens da Iberdrola, no Alto Tâmega.
"O alinhamento quase retilíneo do curso fluvial do rio Tâmega, correndo de NE para SO, segue o sulco de uma falha sismo-tectónica terciária que os responsáveis pelo Plano Nacional de Barragens e pelo Estudo de Impacte Ambiental quiseram ignorar, apesar de avisados em diversos momentos do processo", lê-se no comunicado.
Para a Associação Nacional de Conservação da Natureza, "as falhas geológicas são um perigo real de segurança e a retenção de centenas de milhões de toneladas de água podem alavancar os riscos devido à deformação da crosta terrestre e pressão acrescida sobra a falha geológica".
Num esclarecimento enviado hoje à Lusa, a Iberdrola refere que "as obras no Aproveitamento Hidroelétrico de Alto Tâmega se encontram ativas".
Admite-se, porém, que "o início das obras de betonagem da barragem e da central estão suspensas, enquanto são feitos trabalhos complementares de escavação, saneio e sustimento nas encostas".
A elétrica espanhola prevê que os "trabalhos retomem no final do verão".
Quanto aos aproveitamentos hidroelétricos de Gouvães e Daivões, também no rio Tâmega, "as obras continuam com normalidade", segundo a empresa.
O Sistema Eletroprodutor do Tâmega é um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa, nos últimos 25 anos, contemplando a construção de três barragens (Daivões, Gouvães e Alto Tâmega) e um investimento de 1.500 milhões de euros.
O complexo contará com uma potência instalada de 1.158 megawatts (MW), alcançando uma produção anual de 1.760 gigawatts hora (GWh), ou seja, 6% do consumo elétrico do país.
Em março de 2019 estavam concluídos 45% dos trabalhos e a Iberdrola aponta 2022 como o ano da conclusão do empreendimento.
Num comunicado enviado à Lusa, reclama-se a necessidade de suspensão dos trabalhos, até haver "uma correta avaliação das condições de segurança relacionadas com as falhas geológicas e outros problemas geotectónicos".
No documento enviado à Lusa, a organização ambientalista refere ter tomado conhecimento de que empresa espanhola Iberdrola, responsável pela exploração do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), "viu-se confrontada com um problema geotécnico numa das três barragens que está a construir no rio Tâmega, que obrigou a suspender temporariamente alguns dos trabalhos".
Assinala também, citando informação da população local, que "as obras estão completamente paradas na barragem do Alto Tâmega".
A Quercus recorda que, em março de 2016, já tinha pedido a realização de um novo Estudo de Impacte Ambiental para as barragens da Iberdrola, no Alto Tâmega.
"O alinhamento quase retilíneo do curso fluvial do rio Tâmega, correndo de NE para SO, segue o sulco de uma falha sismo-tectónica terciária que os responsáveis pelo Plano Nacional de Barragens e pelo Estudo de Impacte Ambiental quiseram ignorar, apesar de avisados em diversos momentos do processo", lê-se no comunicado.
Para a Associação Nacional de Conservação da Natureza, "as falhas geológicas são um perigo real de segurança e a retenção de centenas de milhões de toneladas de água podem alavancar os riscos devido à deformação da crosta terrestre e pressão acrescida sobra a falha geológica".
Num esclarecimento enviado hoje à Lusa, a Iberdrola refere que "as obras no Aproveitamento Hidroelétrico de Alto Tâmega se encontram ativas".
Admite-se, porém, que "o início das obras de betonagem da barragem e da central estão suspensas, enquanto são feitos trabalhos complementares de escavação, saneio e sustimento nas encostas".
A elétrica espanhola prevê que os "trabalhos retomem no final do verão".
Quanto aos aproveitamentos hidroelétricos de Gouvães e Daivões, também no rio Tâmega, "as obras continuam com normalidade", segundo a empresa.
O Sistema Eletroprodutor do Tâmega é um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa, nos últimos 25 anos, contemplando a construção de três barragens (Daivões, Gouvães e Alto Tâmega) e um investimento de 1.500 milhões de euros.
O complexo contará com uma potência instalada de 1.158 megawatts (MW), alcançando uma produção anual de 1.760 gigawatts hora (GWh), ou seja, 6% do consumo elétrico do país.
Em março de 2019 estavam concluídos 45% dos trabalhos e a Iberdrola aponta 2022 como o ano da conclusão do empreendimento.