Notícia
GEOTA apresenta queixa por "incumprimento das medidas" pela Iberdrola
O grupo ambientalista GEOTA apresentou uma queixa acusando a Iberdrola de incumprimento das medidas que a elétrica espanhola tinha assumido no âmbito da construção das barragens do Alto Tâmega.
05 de Dezembro de 2019 às 19:39
O grupo Geota apresentou esta quinta-feira uma queixa à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) sobre o "incumprimento das medidas" assumidas pela Iberdrola para a construção das barragens do Alto Tâmega.
Na queixa, o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) fala em "incumprimento das medidas" a que a Iberdrola se comprometeu para construir as barragens do Sistema Eletroprodutor do Tâmega e aponta relatos de "desalojamentos forçados, atropelos éticos, sociais e ambientais" no processo de realojamento das famílias afetadas pela construção da barragem de Daivões, no concelho de Ribeira de Pena.
"Os relatos das famílias afetadas evidenciam situações de desespero, com pressões para um acordo rápido, a meses de abandonarem os seus lares. Temos inclusive relatos de ameaças a quem contestasse os valores propostos pela Iberdrola", afirmou em comunicado, Ana Brazão, da associação ambientalista.
Contactada pela agência Lusa, a Iberdrola disse que não vai comentar o comunicado do GEOTA.
"A construção de uma casa pode durar muito mais de dois anos. No entanto, foi apenas durante este tempo que a Iberdrola se comprometeu às famílias a pagar o aluguer dos contentores onde as realojará. Enquanto membros da Comissão de Acompanhamento Ambiental, já falamos deste problema há mais de um ano, exigindo que haja uma solução definitiva e acordada com os afetados", referiu a associação de defesa do ambiente.
A albufeira de Daivões, incluída no Sistema Eletroprodutor do Tâmega, começa a encher no verão de 2020 e, neste momento, ainda não está concluído o processo de realojamento de algumas das famílias afetadas no concelho de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real.
"Em junho, na reunião que solicitámos à Iberdrola, esta também negou rever o procedimento de aviso de rebentamentos, alegando que as queixas dos locais ao GEOTA resultariam de sugestionamento. A exigência de acompanhamento psicológico às famílias, na qualidade de deslocados ambientais, nem resposta teve", referiu a organização.
A associação ambientalista lamentou que "os pedidos apresentados à empresa, com conhecimento da Agência Portuguesa do Ambiente, tenham sido menosprezados" e referiu que também não obtiveram resposta do Ministério do Ambiente, a quem solicitaram "atuação a 15 de novembro".
"Apenas muito recentemente assistimos a uma preocupação por parte da Câmara Municipal de Ribeira de Pena em reivindicar um acordo escrito com a Iberdrola que proteja os seus munícipes mais afetados, porque até então não o referia nas reuniões da Comissão de Acompanhamento Ambiental", salientou o GEOTA.
Na semana passada, o presidente da Câmara de Ribeira de Pena, João Noronha, informou que a Iberdrola vai pagar mais 1,4 milhões de euros de indemnização às famílias afetadas pela construção da barragem de Daivões.
Trata-se, segundo o autarca, de "uma compensação adicional ao valor que as pessoas já receberam da empresa".
O autarca adiantou ainda que se procura uma alternativa aos contentores, que considerou não terem as "condições mínimas" para receber os moradores.
Na queixa, o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) fala em "incumprimento das medidas" a que a Iberdrola se comprometeu para construir as barragens do Sistema Eletroprodutor do Tâmega e aponta relatos de "desalojamentos forçados, atropelos éticos, sociais e ambientais" no processo de realojamento das famílias afetadas pela construção da barragem de Daivões, no concelho de Ribeira de Pena.
Contactada pela agência Lusa, a Iberdrola disse que não vai comentar o comunicado do GEOTA.
"A construção de uma casa pode durar muito mais de dois anos. No entanto, foi apenas durante este tempo que a Iberdrola se comprometeu às famílias a pagar o aluguer dos contentores onde as realojará. Enquanto membros da Comissão de Acompanhamento Ambiental, já falamos deste problema há mais de um ano, exigindo que haja uma solução definitiva e acordada com os afetados", referiu a associação de defesa do ambiente.
A albufeira de Daivões, incluída no Sistema Eletroprodutor do Tâmega, começa a encher no verão de 2020 e, neste momento, ainda não está concluído o processo de realojamento de algumas das famílias afetadas no concelho de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real.
"Em junho, na reunião que solicitámos à Iberdrola, esta também negou rever o procedimento de aviso de rebentamentos, alegando que as queixas dos locais ao GEOTA resultariam de sugestionamento. A exigência de acompanhamento psicológico às famílias, na qualidade de deslocados ambientais, nem resposta teve", referiu a organização.
A associação ambientalista lamentou que "os pedidos apresentados à empresa, com conhecimento da Agência Portuguesa do Ambiente, tenham sido menosprezados" e referiu que também não obtiveram resposta do Ministério do Ambiente, a quem solicitaram "atuação a 15 de novembro".
"Apenas muito recentemente assistimos a uma preocupação por parte da Câmara Municipal de Ribeira de Pena em reivindicar um acordo escrito com a Iberdrola que proteja os seus munícipes mais afetados, porque até então não o referia nas reuniões da Comissão de Acompanhamento Ambiental", salientou o GEOTA.
Na semana passada, o presidente da Câmara de Ribeira de Pena, João Noronha, informou que a Iberdrola vai pagar mais 1,4 milhões de euros de indemnização às famílias afetadas pela construção da barragem de Daivões.
Trata-se, segundo o autarca, de "uma compensação adicional ao valor que as pessoas já receberam da empresa".
O autarca adiantou ainda que se procura uma alternativa aos contentores, que considerou não terem as "condições mínimas" para receber os moradores.