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Socialistas pretendem alargar taxa da energia nos moldes de Matos Fernandes

O pagamento da taxa da energia pelas centrais atribuídas por concurso público faz parte da lista das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2019 apresentada pelo PS.

16 de Novembro de 2018 às 19:56
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Depois do ministro do Ambiente e Transição Energética ter aberto a porta ao alargamento da contribuição extraordinária sobre o sector energético (CESE) às centrais atribuídas por concurso público, o PS avançou com uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado nesse sentido. Com esta revisão do figurino da taxa da energia, a Tejo Energia e a Turbogás, dois dos maiores produtores e electricidade, passam a ter que efectuar este pagamento.

Até agora, nunca pagaram a CESE precisamente por a lei contemplar a isenção a centrais atribuídas por concurso público. E a recente proposta de revisão da lei, para introduzir o alargamento às renováveis, não sofreu alterações nesse sentido. O alerta foi dado pelo Bloco de Esquerda que também avançou com uma proposta para eliminar essa isenção. E que já tinha também avisado que caso não alterassem a situação, a receita prevista de 30 milhões de euros com a extensão às renováveis podia cair para metade.

Agora, o PS propõe o "alargamento da aplicação da CESE à totalidade das situações de produção de electricidade por intermédio de centros electroprodutores (de fonte renovável e não renovável), com licenças ou direitos contratuais atribuídos na sequência de concurso público, abrangidos por regimes de remuneração ou tarifa garantida".

A proposta prevê, contudo, a "redução de taxa de 50%" para as centrais "com licenças ou direitos contratuais atribuídos na sequência de concurso público cujo caderno de encargos tenha previsto para as entidades adjudicatárias a obrigação de contribuição para a criação de um Fundo de Apoio à Inovação".

Além disso, ficam isentas da CESE os pequenos produtores "que utilizem fontes renováveis com potência instalada inferior a 20 MW", lê-se no mesmo documento, que prevê ainda "uma norma anti-abuso que exclui da isenção os sujeitos passivos que, no conjunto dos centros electroprodutores por si detidos, tenham uma potência instalada superior a 60 MW abrangida por regimes de remuneração garantida".

Outra das alterações para não "inibir novos investimentos", como Matos Fernandes já alertou que é preciso ter em atenção, passa pela isenção por dois anos do pagamento da CESE a quem avance com o investimento no aumento da potência instalada (sobre-equipamento).

A proposta do PS prevê ainda a isenção de CESE para o sector de Gestão de Resíduos Urbanos em Alta, uma vez que, ao contrário do que sucede noutras formas de produção de energia em regime especial, no caso dos resíduos, o sobrecusto que o cidadão paga na tarifa da electricidade, apesar de diminuto, é investido em tratamento avançado de resíduos e/ou devolvido ao cidadão na redução da tarifa de gestão de resíduos".

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