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Preços do gasóleo e da gasolina sobem ligeiramente na próxima semana

Desde o início do mês de setembro, o gasóleo caiu 12 cêntimos - a queda mais expressiva desde maio - enquanto o preço da gasolina baixou nove cêntimos.

Neste cenário, os governos pontapeiam as metas climáticas e apoiam o investimento em combustíveis fósseis, para combater a inflação e o risco de agitação social enquanto repensam o caminho para um futuro baixo em carbono.

Apercebendo-se da subida dos preços das matérias-primas e do risco de um desastre económico devido ao calendário irrealista para a transição energética, os decisores políticos dão mais importância a sustentar a economia a curto prazo do que a salvar o ambiente a longo prazo.

Durante cinco anos, os Governos aliviam a burocracia no que toca ao investimento na produção de petróleo e durante dez anos flexibilizam os processos para a produção de gás natural, para incentivar os produtores a assegurarem abastecimentos adequados e preços razoáveis, colmatando assim a lacuna entre a energia disponível no presente e a energia limpa prevista para o futuro.
Pedro Brutt Pacheco
30 de Setembro de 2022 às 20:17
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A partir da próxima segunda-feira, 3 de outubro, tanto o preço da gasolina como do gasóleo devem subir, ainda que de forma ligeira. A semana foi particularmente volátil tanto para o petróleo como para ambos os derivados que subiram até meados da semana, para depois voltarem a adotar uma trajetória descendente.

 

De acordo com os cálculos do Negócios, o preço da gasolina simples 95 deverá assim subir cerca de um cêntimo para 1,695 euros por litro. Já o gasóleo simples deverá registar um aumento mais expressivo na ordem dos dois cêntimos para 1,761 euros por litro, o valor mais alto em três semanas.

 

Tanto o petróleo como os derivados atravessaram uma semana atribulada. Por um lado, a China emitiu novas quotas de importação e exportação de ouro negro, à medida que tenta reavivar uma economia afetada por confinamentos, desencadeados pelas novas vagas de covid-19.

 

Por outro lado, o apertar da política monetária em todo mundo, tem levado os investidores a temerem um abrandamento na Zona Euro, a anteciparem uma inevitável recessão que tem como consequência a redução da procura pelo ouro negro. O petróleo está prestes a registar o primeiro trimestre de perdas em dois anos.

Desde o início do mês de setembro, o gasóleo caiu 12 cêntimos - a queda mais expressiva desde maio - enquanto o preço da gasolina derrapou nove cêntimos. Já no acumulado do ano, o gasóleo valorizou no entanto 17% e a gasolina cresceu 2%. 

 

Os cálculos têm por base a evolução destes dois derivados do petróleo (gasóleo e gasolina) e do euro. Mas o custo dos combustíveis na bomba dependerá sempre de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.

 

A evolução dos preços da gasolina e do gasóleo nas bombas considera já o alívio da carga fiscal sobre os combustíveis através do mecanismo semanal de revisão do ISP e a descida das taxas unitárias deste imposto para o equivalente a uma taxa do IVA.

 

Os novos preços têm em conta as variações calculadas pelo Negócios face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e anunciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

 

Os cálculos do Negócios têm por base contratos diferentes dos seguidos pelas petrolíferas (ainda que a evolução costume ser semelhante), sendo que os dados só estão disponíveis até quinta-feira (faltando um dia de negociação).

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