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Otovo aumentou em 94% as instalações de painéis solares no primeiro trimestre

A empresa norueguesa, com presença em Portugal desde setembro de 2022, prevê que os custos do equipamento solar desçam no setor residencial durante esta primavera e verão. 

Sara Matos / Jornal de Negócios
04 de Maio de 2023 às 19:13
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A instalação de painéis solares em casa através de um modelo de subscrição (aluguer) está a ganhar peso entre as famílias portuguesas. A contribuir para este cenário está a estabilização dos preços dos módulos solares fotovoltaicos em 2023 (com previsões de descida a partir do próximo verão), depois de um acentuado agravamento dos valores no ano passado, sobretudo motivado pelo crescimento da procura em relação à oferta.

Também a guerra entre a Ucrânia e a Rússia e crise energética que daí adveio provocaram um aumento dos preços dos equipamentos solares e da mão-de-obra.

"No entanto, os preços estão novamente a estabilizar e ao longo deste ano só em Portugal verifica-se uma diminuição média de 8% no custo dos projetos face a 2022", revela a  empresa norueguesa Otovo, marketplace europeu de instalações solares e de baterias para o mercado residencial, que marca presença em Portugal desde setembro de 2022. 

Entre 2000 e 2021, os preços dos módulos solares caíram cerca de 90%, tendo depois voltado a aumentar em 2022. Espera-se agora que os custos do equipamento solar desçam no setor residencial durante a primavera e o verão.  

"A tendência forte de crescimento da Otovo acontece em toda a Europa e por cá não é exceção. Embora ainda com poucos meses de operação, Portugal tem ritmos de crescimento superiores aos restantes mercados com o modelo de subscrição a ser o preferido das famílias portuguesas. Este crescimento verifica-se também ao mesmo tempo que os custos de adesão ao solar residencial são também mais baixos em Portugal e com tendência a diminuir ainda mais", afirmou Manuel Pina, diretor-geral da Otovo em Portugal, em comunicado esta quinta-feira, dia em que a empresa apresentou os seus resultados trimestrais. 

As receitas globais da empresa até março de 2023 ultrapassaram os 34,4 milhões de euros, com 2.832 instalações de sistemas solares residenciais no trimestre, mais 94% do que no período homólogo, o que demonstra um crescimento assinalável do negócio. 

Nas receitas obtidas está incluída não só a venda de painéis solares e baterias, mas também o modelo de subscrição que a Otovo tem implementado e que tem um peso de 39% no geral da operação em todos os mercados. Os resultados incluem dados sobre os custos da instalação solar e mostram que tanto o custo dos painéis como o da mão-de-obra estão a baixar em 2023, podendo atingir mínimos plurianuais já no próximo verão. 

"Esta primavera poderá ser a estação mais acessível dos últimos dois anos, o que é uma ótima notícia para o setor das energias renováveis e para as pessoas que querem contribuir para um futuro sustentável", afirmou Andreas Thorsheim, fundador e diretor executivo da Otovo, no mesmo comunicado. 

E acrescentou ainda: "Estamos agora a regressar a uma tendência de preços descendente, e esperamos que o custo das instalações solares desça abruptamente em meados de 2023",  reforçou Andreas Thorsheim.  

Além disso, os preços da eletricidade que os consumidores enfrentam atualmente são substancialmente mais elevados do que da última vez que as instalações solares eram tão acessíveis em termos de preço, o que significa que o tempo de retorno do investimento pode atingir níveis recorde em muitos locais, logo em maio ou junho deste ano, garante a Otovo.

Em cada mercado onde opera, incluindo Portugal, a empresa cria uma plataforma online de energia solar na qual as empresas europeias de instalação de módulos solares fotovoltaicos colocam semanalmente os seus equipamentos e respetiva mão-de-obra.

Fundada em 2016 na Noruega, a Otovo organiza mais de 500 instaladores locais e 15.000 clientes em toda a Europa. A empresa está presente em 13 mercados: Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Noruega, Polónia, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Países Baixos e Reino Unido.
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