Notícia
Norueguesa Otovo lança em Portugal serviço de subscrição mensal de painéis solares para famílias
Liderada pelo ex-CEO da Uber, Manuel Pina, a Otovo é a primeira empresa a oferecer "energia solar como serviço" para domésticos, num marketplace digital que junta clientes e instaladores.
Se até agora instalar painéis solares no telhado de casa exigia às famílias portuguesas um investimento de alguns milhares de euros, a partir de agora estreia-se em Portugal, pelas mãos da startup norueguesa Otovo, uma plataforma digital que oferece um novo serviço de subscrição para quem queira produzir energia solar fotovoltaica para autoconsumo doméstico.
Manuel Pina, ex-CEO da Uber, que agora assume os comandos da Otovo em Portugal (o 10.º mercado em que a empresa entra na Europa, depois de já ter equipado 11 mil telhados europeus com painéis solares), fala de "energia solar como um serviço", vendida num novo marketplace em que interagem clientes e instaladores de painéis solares. Em toda a Europa a Otovo conta com uma rede de 700 empresas certificadas, mas para já em Portugal são apenas quatro os instaladores que aderiram à nova plataforma, com a empresa em pleno processo de angariação de novos parceiros locais, de norte a sul do país.
A oferta da Otovo em Portugal consiste então em duas modalidades: as famílias podem comprar os painéis solares ou então celebrar um contrato de subscrição válido por 20 anos, sem qualquer investimento inicial e em que vão pagar apenas um valor mensal, fixo anualmente e revisto em função da inflação.
Manuel Pina dá o exemplo de uma família de Leiria que já aderiu a este sistema: uma fatura de eletricidade média mensal de 98 euros vai descer para 57 euros com os painéis solares. A este valor somam-se 32 euros da subscrição paga à Otovo. No final, a fatura final em cada mês rondará os 89 euros, o que equivale a uma poupança líquida de 7 euros, calcula a Otovo. Num ano, a poupança pode chegar a 90 euros, referem.
O responsável da empresa frisa que o valor da subscrição depende do projeto solar de cada cliente, não existindo por isso um valor médio, nem um valor mínimo ou máximo para este pagamento. Dá apenas uma garantia: "O valor da subscrição é sempre inferior ao da conta da eletricidade", garante Manuel Pina, acrescentando que em cada momento do contrato de 20 anos o cliente pode adquirir os painéis solares que tem instalados no seu telhado ou mesmo estender o acordo de subscrição e ainda somar baterias ao sistema, beneficiando das vantagens do armazenamento de energia.
"Instalar painéis solares em casa não é uma compra de impulso. Para a família que indiquei, composta por três pessoas, estamos a falar de um investimento inicial entre 2.000 e 3.500 euros. Com um consumo um consumo que se concentra mais ao final do dia e aos fins de semana, se investirem em medidas de eficiência energética e ainda venderem a energia excedente à rede vão poder poupar mais", garantiu Manuel Pina na apresentação da empresa, que se estreia oficialmente esta quarta-feira em Portugal, apesar de já contar com algumas vendas no seu portefólio.
O serviço é sobretudo direcionado para vivendas e moradias (50% das habitações em Portugal), mas também está disponível para prédios. No entanto, o CEO alerta que os telhados de edifícios urbanos "não são os mais eficientes para uma poupança real e líquida".
Mas como funciona, então, a plataforma Otovo? Quem quiser ter painéis solares no telhado de casa insere a sua morada, o software desenha o sistema solar fotovoltaico e faz leilão instantâneo entre os instaladores, apresentando uma proposta "em segundos", que pode ainda ser customizada, com baterias. Caso esteja a pensar acrescentar no futuro um termoacumulador ou um carregador elétrico para o carro, pode ainda falar com os consultores técnicos da Otovo.
O modelo de pagamento divide-se entre uma compra única, com garantia de 5 anos, ou o tal serviço de subscrição.
"Mais de metade das pessoas em Portugal vivem em casas independentes, ou com controlo sobre os seus telhados, mas não aproveitam o potencial solar que têm à sua disposição. Queremos fábricas de criação de energia solar em todos os telhados e baterias em todas as casas de forma simples e económica", diz Manuel Pina, não encondendo a sua ambição para o lançamento do negócio em Portugal, num momento em que os custos da energia são uma grande preocupação para todas as famílias. Apesar do potencial, apenas 5% das habitações no país têm neste momento painéis solares.
A Otovo nasceu na Noruega em 2016 e está hoje em nove mercados europeus, com receitas de 80 milhões (um crescimento de 200%), sendo Portugal o 10.º mercado a receber a empresa norueguesa, cotada na Euronext Growth com uma capitalização de mercado de cerca de 350 milhões de euros.
Atualmente, a Otovo opera em dez mercados europeus - Noruega, Suécia, França, Espanha, Polónia, Áustria, Reino Unido, Portugal, Itália e Alemanha. Manuel Pina garante que a empresa não vai ficar por aqui, tendo já outros mercados na mira.
Manuel Pina, ex-CEO da Uber, que agora assume os comandos da Otovo em Portugal (o 10.º mercado em que a empresa entra na Europa, depois de já ter equipado 11 mil telhados europeus com painéis solares), fala de "energia solar como um serviço", vendida num novo marketplace em que interagem clientes e instaladores de painéis solares. Em toda a Europa a Otovo conta com uma rede de 700 empresas certificadas, mas para já em Portugal são apenas quatro os instaladores que aderiram à nova plataforma, com a empresa em pleno processo de angariação de novos parceiros locais, de norte a sul do país.
Manuel Pina dá o exemplo de uma família de Leiria que já aderiu a este sistema: uma fatura de eletricidade média mensal de 98 euros vai descer para 57 euros com os painéis solares. A este valor somam-se 32 euros da subscrição paga à Otovo. No final, a fatura final em cada mês rondará os 89 euros, o que equivale a uma poupança líquida de 7 euros, calcula a Otovo. Num ano, a poupança pode chegar a 90 euros, referem.
O responsável da empresa frisa que o valor da subscrição depende do projeto solar de cada cliente, não existindo por isso um valor médio, nem um valor mínimo ou máximo para este pagamento. Dá apenas uma garantia: "O valor da subscrição é sempre inferior ao da conta da eletricidade", garante Manuel Pina, acrescentando que em cada momento do contrato de 20 anos o cliente pode adquirir os painéis solares que tem instalados no seu telhado ou mesmo estender o acordo de subscrição e ainda somar baterias ao sistema, beneficiando das vantagens do armazenamento de energia.
"Instalar painéis solares em casa não é uma compra de impulso. Para a família que indiquei, composta por três pessoas, estamos a falar de um investimento inicial entre 2.000 e 3.500 euros. Com um consumo um consumo que se concentra mais ao final do dia e aos fins de semana, se investirem em medidas de eficiência energética e ainda venderem a energia excedente à rede vão poder poupar mais", garantiu Manuel Pina na apresentação da empresa, que se estreia oficialmente esta quarta-feira em Portugal, apesar de já contar com algumas vendas no seu portefólio.
O serviço é sobretudo direcionado para vivendas e moradias (50% das habitações em Portugal), mas também está disponível para prédios. No entanto, o CEO alerta que os telhados de edifícios urbanos "não são os mais eficientes para uma poupança real e líquida".
Mas como funciona, então, a plataforma Otovo? Quem quiser ter painéis solares no telhado de casa insere a sua morada, o software desenha o sistema solar fotovoltaico e faz leilão instantâneo entre os instaladores, apresentando uma proposta "em segundos", que pode ainda ser customizada, com baterias. Caso esteja a pensar acrescentar no futuro um termoacumulador ou um carregador elétrico para o carro, pode ainda falar com os consultores técnicos da Otovo.
O modelo de pagamento divide-se entre uma compra única, com garantia de 5 anos, ou o tal serviço de subscrição.
"Mais de metade das pessoas em Portugal vivem em casas independentes, ou com controlo sobre os seus telhados, mas não aproveitam o potencial solar que têm à sua disposição. Queremos fábricas de criação de energia solar em todos os telhados e baterias em todas as casas de forma simples e económica", diz Manuel Pina, não encondendo a sua ambição para o lançamento do negócio em Portugal, num momento em que os custos da energia são uma grande preocupação para todas as famílias. Apesar do potencial, apenas 5% das habitações no país têm neste momento painéis solares.
A Otovo nasceu na Noruega em 2016 e está hoje em nove mercados europeus, com receitas de 80 milhões (um crescimento de 200%), sendo Portugal o 10.º mercado a receber a empresa norueguesa, cotada na Euronext Growth com uma capitalização de mercado de cerca de 350 milhões de euros.
Atualmente, a Otovo opera em dez mercados europeus - Noruega, Suécia, França, Espanha, Polónia, Áustria, Reino Unido, Portugal, Itália e Alemanha. Manuel Pina garante que a empresa não vai ficar por aqui, tendo já outros mercados na mira.