Notícia
Margem de refinação da Galp volta a disparar 75% no final de 2022
A margem de refinação da petrolífera portuguesa atingiu os 13,5 dólares por barril no último trimestre do ano, quando no trimestre anterior estava nos 7,7 dólares.
A Galp Energia revelou esta manhã, antes da abertura do mercado, o seu "trading update" relativo ao quarto e último trimestre de 2022.
Depois de ter visto a sua margem de refinação tombar 65%, para 7,7 dólares por barril, nos três meses anteriores, de julho a setembro, no período final do ano a petrolífera portuguesa conseguiu recuperar para os 13,5 dólares por barril, o que representa uma subida de 75%.
Ainda assim, o valor está abaixo dos 22,3 dólares por barril do segundo trimestre do ano, que se deveu à alta do petróleo, no seguimento da invasão militar da Ucrânia, em fevereiro.
A estimativa dos analistas apontava para uma margem de refinação de 11,64 dólares por barril no último trimestre de 2022.
No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp explica que a margem voltou a subir devido às "condições mais favoráveis do mercado, esperando que o valor alcançado no quarto trimestre venha a ter um impacto de 80 milhões de euros nos resultados da empresa.
Por outro lado, empresa aponta uma queda de 10% na refinação, resultante de trabalhos de manutenção. Ainda assim, os valores no final de 2022 estão 51% acima dos registados no mesmo período do ano anterior
Quebras nas vendas de combustível e luz
O "trading update" da Galp indica ainda que as vendas da companhia caíram nos combustíveis (-9%) e na eletricidade (-4%), por outro lado, a comercialização de gás natural subiu 2%, face ao trimestre anterior. A empresa justificou os números com uma redução no consumo, especialmente no segmento empresarial.
Já a produção de petróleo foi de 115,3 mil barris por dia, um valor muito próximo do registado nos três meses anteriores. O Brasil continua a ser responsável pela maior fatia da produção petrolífera da Galp, com a cotada a notar a entrada de Moçambique, de onde recebeu em novembro a sua primeira carga da matéria-prima.
Nas renováveis, a empresa aumentou 7% a sua capacidade instalada apesar da geração ter caído na ordem dos 50%, devido à redução de luz solar característica do final de ano.
Imparidade e provisões na ordem dos 160 milhões de euros
No comunicado enviado à CMVM, a Galp aponta ainda que os resultados do quarto trimestre de 2022 serão impactados por uma imparidade na ordem dos 100 milhões de euros, relativa à problemas na rede de retalho, tendo sido ainda constituída uma provisão de 60 milhões relacionada com o encerramento da refinaria de Matosinhos.
A petrolífera, atualmente liderada por Filipe Silva mas que no final do ano passado ainda tinha Andy Brown como CEO, refere também no relatório constrangimentos no fornecimento e "trading" de gás e LNG, devido a problemas com o fornecedor da Nigéria.
Quanto aos impostos sobre os lucros extraordinários que os governos de Portugal e Espanha implementaram, os impactos "ainda estão a ser avaliados".
A Galp vai divulgar os resultados do último trimestre do ano passado no dia 13 de fevereiro.
Última atualização às 08h30
Depois de ter visto a sua margem de refinação tombar 65%, para 7,7 dólares por barril, nos três meses anteriores, de julho a setembro, no período final do ano a petrolífera portuguesa conseguiu recuperar para os 13,5 dólares por barril, o que representa uma subida de 75%.
A estimativa dos analistas apontava para uma margem de refinação de 11,64 dólares por barril no último trimestre de 2022.
No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp explica que a margem voltou a subir devido às "condições mais favoráveis do mercado, esperando que o valor alcançado no quarto trimestre venha a ter um impacto de 80 milhões de euros nos resultados da empresa.
Por outro lado, empresa aponta uma queda de 10% na refinação, resultante de trabalhos de manutenção. Ainda assim, os valores no final de 2022 estão 51% acima dos registados no mesmo período do ano anterior
Quebras nas vendas de combustível e luz
O "trading update" da Galp indica ainda que as vendas da companhia caíram nos combustíveis (-9%) e na eletricidade (-4%), por outro lado, a comercialização de gás natural subiu 2%, face ao trimestre anterior. A empresa justificou os números com uma redução no consumo, especialmente no segmento empresarial.
Já a produção de petróleo foi de 115,3 mil barris por dia, um valor muito próximo do registado nos três meses anteriores. O Brasil continua a ser responsável pela maior fatia da produção petrolífera da Galp, com a cotada a notar a entrada de Moçambique, de onde recebeu em novembro a sua primeira carga da matéria-prima.
Nas renováveis, a empresa aumentou 7% a sua capacidade instalada apesar da geração ter caído na ordem dos 50%, devido à redução de luz solar característica do final de ano.
Imparidade e provisões na ordem dos 160 milhões de euros
No comunicado enviado à CMVM, a Galp aponta ainda que os resultados do quarto trimestre de 2022 serão impactados por uma imparidade na ordem dos 100 milhões de euros, relativa à problemas na rede de retalho, tendo sido ainda constituída uma provisão de 60 milhões relacionada com o encerramento da refinaria de Matosinhos.
A petrolífera, atualmente liderada por Filipe Silva mas que no final do ano passado ainda tinha Andy Brown como CEO, refere também no relatório constrangimentos no fornecimento e "trading" de gás e LNG, devido a problemas com o fornecedor da Nigéria.
Quanto aos impostos sobre os lucros extraordinários que os governos de Portugal e Espanha implementaram, os impactos "ainda estão a ser avaliados".
A Galp vai divulgar os resultados do último trimestre do ano passado no dia 13 de fevereiro.
Última atualização às 08h30