Notícia
Luís Amado preocupa-se com futuro da EDP e quer "passar a página" das rendas excessivas
Luís Amado destaca a composição acionista da EDP, maioritariamente internacional, e apela à estabilidade - que tem sido afetada pelas suspeições de que a elétrica estará a receber rendas excessivas da parte do Estado.
O presidente do Conselho Geral de Supervisão (CGS) da EDP, Luís Amado, diz-se preocupado com o futuro da elétrica e querer "garantir a estabilidade", numa altura em que se põe a hipótese de a elétrica estar a auferir de rendas excessivas da parte do Estado, o que já levou o Governo a exigir a devolução de 285 milhões de euros.
"A mim preocupa-me nesta frase da vida da EDP o futuro da EDP", declarou Luís Amado, esta quarta-feira, 27 de fevereiro, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade.
A fundamentar as preocupações do presidente do CGS da elétrica está o facto de a EDP ser, atualmente, sobretudo detida por capital estrangeiro. A empresa está "muito exposta à sensibilidade dos investidores internacionais", salienta o responsável.
Posto este cenário, Luís Amado manifesta a vontade de "passar esta página na história da EDP e garantir estabilidade". "É essa a nossa preocupação", reforçou.
No ano passado, o Governo exigiu à EDP a devolução de 285 milhões ao Estado, uma medida que a elétrica quer impugnar. A quantia exigida pelo Governo tem por base um relatório da ERSE, o regulador da energia.
De acordo com os números do regulador, a forma como a monitorização da disponibilidade ficou definida nos Custos de Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC) representa um custo de 285 milhões adicional relativamente ao que estaria previsto nos Contratos de Aquisição de Energia (CAE), sendo a rubrica que mais contribui para o total de 510 milhões de euros detetados pela ERSE como prejuízo para os consumidores. Na respetiva audição, o CEO da EDP, António Mexia, declarou que o Estado terá imposto medidas com um impacto de cerca de 2 mil milhões na empresa entre 2012 e 2020.
"A mim preocupa-me nesta frase da vida da EDP o futuro da EDP", declarou Luís Amado, esta quarta-feira, 27 de fevereiro, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade.
Posto este cenário, Luís Amado manifesta a vontade de "passar esta página na história da EDP e garantir estabilidade". "É essa a nossa preocupação", reforçou.
No ano passado, o Governo exigiu à EDP a devolução de 285 milhões ao Estado, uma medida que a elétrica quer impugnar. A quantia exigida pelo Governo tem por base um relatório da ERSE, o regulador da energia.
De acordo com os números do regulador, a forma como a monitorização da disponibilidade ficou definida nos Custos de Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC) representa um custo de 285 milhões adicional relativamente ao que estaria previsto nos Contratos de Aquisição de Energia (CAE), sendo a rubrica que mais contribui para o total de 510 milhões de euros detetados pela ERSE como prejuízo para os consumidores. Na respetiva audição, o CEO da EDP, António Mexia, declarou que o Estado terá imposto medidas com um impacto de cerca de 2 mil milhões na empresa entre 2012 e 2020.
Luís Amado, substituiu no ano passado Eduardo Catroga no cargo de presidente do Conselho Geral de Supervisão da elétrica. Antes, era vice-presidente no mesmo órgão. Catroga detinha estas funções desde 2012.