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Lucros da Shell caem 80% em 2015
Os lucros da Shell afundaram em 2015 devido à queda do preço do petróleo. A petrolífera anunciou novos cortes na despesa e antecipa uma subida do valor da matéria-prima este ano.
A Royal Dutch Shell anunciou uma queda de 44% dos lucros ajustados no quarto trimestre de 2015, para 1,8 mil milhões de dólares (1,65 mil milhões de euros). No total do ano, a petrolífera registou um recuo de 80% nos resultados, para um total de de 3,8 mil milhões de dólares (3,48 mil milhões de euros).
Segundo a Reuters, este é o resultado mais baixo em, pelo menos, 13 anos com a queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais a prejudicar as contas da petrolífera. Mesmo assim, os lucros ajustados ficaram dentro do intervalo previsto pela empresa e em linha com o estimado pelos analistas consultados pela Bloomberg.
A queda dos preços do crude a nível internacional está a prejudicar todo o sector petrolífero. A BP anunciou um prejuízo de 6,5 mil milhões de dólares em 2015, o pior resultado da empresa em pelo menos 30 anos. Também a Exxon registou uma queda dos lucros para 16,2 mil milhões de dólares em 2015, o valor mais baixo desde 2002.
Tal como as restantes petrolíferas que já apresentaram resultados, a Shell anunciou novos cortes nos custos operacionais para 3 mil milhões de dólares em 2016. Este ano caíram 10% para 4 mil milhões. A empresa cortou também a previsão para as despesas de capital em 2 mil milhões de dólares para 35 mil milhões. A petrolífera anunciou ainda a redução de 10 mil postos de trabalho.
Mesmo assim, a empresa prometeu manter ou aumentar o dividendo no próximo ano, indicando que espera que a fusão com a BG Group impulsione as contas, refere a Bloomberg.
Acções sobem
Após a apresentação dos resultados, as acções da Shell estão a avançar 5,81% para 20,225 euros, numa sessão em que o petróleo está a negociar em alta. O Brent, transaccionado em Londres, avança 0,11% para 35,08 dólares.
O presidente-executivo Ben Van Beurden disse na conferência de imprensa que o petróleo está perto do fim da curva de preços e que o mercado deverá reequilibrar até ao final do ano, refere a Bloomberg.