A Royal Dutch Shell alcançou resultados de 1,6 mil milhões de dólares (1,38 mil milhões de euros), no primeiro trimestre do ano, acima das estimativas dos analistas. As margens de refinação compensaram as perdas da queda do petróleo. 

Os lucros ajustados da petrolífera recuaram 58% face aos 3,7 mil milhões de dólares alcançados no período homólogo. Os analistas que seguem a empresa antecipavam um lucro de 1,18 mil milhões de dólares, de acordo com a média compilada pela Bloomberg. Ainda assim, as acções estão a recuar.

A Shell obteve 2 mil milhões de dólares com a exploração de petróleo, apesar da queda dos preços da matéria-prima para mínimos de 12 anos no primeiro trimestre. Os ganhos com as margens de refinação da maior petrolífera integrada europeia compensaram o efeito destes mínimos nas receitas com a exploração. A BG Group, adquirida pela Shell no ano passado, contribuiu com 796 mil barris diários para a produção da Shell, mas a queda dos preços determinou uma perda de 1,4 mil milhões de dólares, nos primeiros resultados após a aquisição.

Após a aquisição multimilionária no ano passado, a petrolífera reviu agora em baixa o orçamento para investimentos este ano, de 33 mil milhões para 30 mil milhões de dólares. Assim, pretende assegurar aos accionistas que irá manter a política de dividendos, sem aumentar a dívida.

As acções da Shell estão a recuar, após a comunicação dos resultados. Perdem 0,54% para 22,34 euros, pela quarta sessão consecutiva. Invertem assim a tendência que marcou a abertura da sessão, em que as acções avançaram um máximo de 1,42% para 22,78 euros.