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Lucros da REN encolhem 11,1% para 97,2 milhões de euros em 2021
Energética diz que resultado líquido foi penalizado pela performance do EBITDA e aumento do imposto e destaca diminuição do custo da dívida. Conselho de administração vai propor dividendo de 15,4 cêntimos por ação.
Em comunicado, enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a energética atribuiu a diminuição do resultado líquido ao recuo no EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) e aumento do imposto, apesar do "contributo positivo dos resultados financeiros" (menos 42,8M milhões de euros em comparação com menos 46,8 milhões de euros em 2020).
A REN, a última das cotadas do PSI a apresentar os resultados financeiros do ano passado, explica ainda que nas contas pesou também "um menor custo da dívida - redução de 1,8% para 1,6% - e um aumento da taxa efetiva de imposto para os 44,9% (subida de 6,2 milhões de euros em comparação com 2020), incluindo a CESE".
Do ano passado, a energética destaca ainda o "forte crescimento" do CAPEX - subiu 42,6% para 73,8 milhões de euros -, assim como das "transferências para a exploração", que mais do que triplicaram, crescendo 288,3% para 309,1 milhões de euros. O que, aponta, figura como "resultado dos investimentos necessários para a transição energética em curso, tendo a empresa continuado a recuperar grande parte do atraso causado pela pandemia em 2020".
"Com estes resultados a REN consegue cumprir com todos os objetivos que tinha definido no seu plano de negócios em 2021", diz.
Em face dos resultados, o conselho de administração da REN vai propor, na Assembleia Geral, marcada para 28 de abril, o pagamento de um dividendo de 15,4 cêntimos por ação, um valor em linha com a nova política de dividendos apresentada para o período 2021-24.