A Galp Energia fechou os primeiros três meses deste ano com lucros de 135 milhões de euros, o que representa uma subida de 74% face aos 77 milhões obtidos em igual período do ano passado. Os valores referem-se ao resultado líquido RCA, que exclui efeitos de ‘stock’ e eventos não recorrentes.

Os lucros da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva ficaram, assim, acima do esperado pelos analistas do BPI, que apontavam para 132 milhões de euros.

De acordo com os dados revelados esta sexta-feira, 27 de Abril, em comunicado emitido à CMVM, o EBITDA aumentou em 67 milhões de euros para 455 milhões, suportado sobretudo pelo aumento da contribuição do negócio de exploração e produção.

Nesta divisão, o resultado foi beneficiado pelo aumento da produção e pela subida dos preços do petróleo e gás natural, que ajudaram a compensar a desvalorização de 15% do dólar face ao euro.

A produção média working interest (WI) atingiu os 104,1 kboepd, um crescimento de 18%, em termos homólogos, que foi suportado pelo desenvolvimento do campo Lula, no pré-sal brasileiro.

A contribuir para a subida dos resultados da petrolífera portuguesa esteve também o negócio de gás natural e energia, que viu o EBITDA subir 73% face ao primeiro trimestre do ano passado, marcado por restrições no aprovisionamento de gás natural. Entre Janeiro e Março deste ano, o EBITDA totalizou 34 milhões de euros, beneficiado pela evolução favorável dos preços de referência na Europa.

Por outro lado, a penalizar os resultados da Galp esteve o negócio da refinação e distribuição, onde o EBITDA caiu em 61 milhões de euros para 122 milhões, devido à descida das margens de refinação.

No período em análise, o investimento totalizou 146 milhões de euros, dos quais 80% foram alocados a actividades de exploração e produção. Já a dívida líquida situava-se nos 1.885 milhões no final de Março, em linha com os valores observados no final do ano passado.

(Notícia actualizada às 07:34)