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Infra-estruturas da NATO vão levar combustível aos aeroportos do Montijo e de Lisboa

O regulador para os combustíveis quer abastecer o possível aeroporto do Montijo através de um oleoduto que parte do depósito da NATO na Trafaria. Mais tarde, quer construir um outro do Montijo até ao aeroporto de Lisboa.

Bruno Simão/Negócios
05 de Abril de 2016 às 12:02
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O regulador dos combustíveis vai começar as usar as infra-estruturas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) na margem sul do Tejo. O objectivo é utilizá-las para levar combustível dos depósitos localizados na Trafaria (na margem Sul do Tejo) até aos aeroportos do Montijo e de Lisboa.

Estas instalações são geridas pela Marinha Portuguesa e pela Direcção-Geral de Recursos da Defesa Nacional que as cederam agora à Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), segundo um despacho publicado em Diário da República esta terça-feira, 5 de Abril.

A cedência das Instalações de Combustíveis do Depósito POL NATO de Lisboa (DPNL) vai ter uma duração de 25 anos, com o regulador a pagar uma contrapartida anual de 1,1 milhões de euros pela sua utilização.

Estas infra-estruturas incluem o terminal portuário e os reservatórios de combustível na Trafaria, mas também os oleodutos que partem daqui para a Base Naval de Lisboa, localizada em Almada, e para a Base Aérea nº 6 do Montijo.

O regulador pretende numa primeira fase fazer chegar combustível via este oleoduto ao possível futuro aeroporto do Montijo, sabe o Negócios. Numa segunda fase, o regulador pretende construir um oleoduto submarino a partir do aeroporto do Montijo que abasteça o aeroporto de Lisboa.

Apesar da infra-estrutura existir, o oleoduto entre a Trafaria e o Montijo não está operacional. Por isso, vai ser alvo de obras de reabilitação a par com o terminal portuário, num investimento total de 20 milhões de euros, apurou o Negócios. Já o valor para construir o oleoduto entre o Montijo e Lisboa deverá ficar abaixo deste montante.

Actualmente, os combustíveis para os aviões que servem o aeroporto de Lisboa são abastecidos através de camiões. Esta solução não é considerada ideal pelo regulador, que defende que o aeroporto Humberto Delgado deve ser abastecido via oleoduto.

Ao mesmo tempo, os depósitos serão usados pelo regulador para armazenar combustível, devido ao seu papel como entidade gestora das reservas estratégicas de Portugal.

A ENMC vai lançar agora um concurso para uma empreitada de avaliação e de reabilitação, que visa avaliar o estado das infra-estruturas para apurar qual o grau de intervenção necessário. Mais tarde, estas infra-estruturas da NATO serão abertas a operadores privados, por se considerarem relevantes para o sistema petrolífero nacional.

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