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Postos de combustível: Shell e Total regressam a Portugal

Os investimentos no futuro porto da Trafaria foram cruciais para a entrada de duas novas petrolíferas no mercado de combustíveis em Portugal, que é controlado pela Galp, BP e Repsol.

23 de Novembro de 2016 às 19:00
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O mercado de combustíveis em Portugal vai ganhar dois novos operadores. A Shell e a Total vão regressar ao país após vários anos de ausência para disputar o mercado que é dominado pelas três grandes: Galp, Repsol e BP.

O regresso das petrolíferas foi anunciado pelo licenciador Entidade Nacional do Mercado dos Combustíveis (ENMC) esta quarta-feira, 23 de Novembro.

A petrolífera anglo-holandesa Shell arranca com a sua operação até ao final do ano. A companhia vai operar em Portugal através da sua representada DISA, que opera os postos de abastecimento na Península Ibérica.

A marca da concha saiu do mercado português em 2004, quando vendeu a sua rede de 303 postos de abastecimento à espanhola Repsol. Além dos postos, a Shell vendeu também a sua participação de 15% na Companhia Logística de Combustíveis (CLC), que opera o oleoduto entre a refinaria de Sines e o parque de combustíveis de Aveiras. De fora deste negócio ficaram os lubrificantes e o gás de botija, ou gás de petróleo liquefeito (GPL).

Já o regresso da francesa Total ao mercado português vai ter lugar em Janeiro de 2017. A petrolífera gaulesa estava ausente de Portugal desde 2008, ano em que vendeu os seus 141 postos de combustível à espanhola Cepsa, que passou a contar com um total de 302 bombas.

A ENMC, liderada por Paulo Carmona, sublinha que "estes investimentos são positivos, pois vão ao encontro de um desejado aumento da concorrência no sector dos combustíveis em claro favor dos consumidores portugueses".

O regresso destas empresas acontece devido à entrada em funcionamento do porto da Trafaria que será o "primeiro porto de abastecimento de combustíveis em águas profundas não controlado pelo único refinador nacional", a petrolífera portuguesa Galp.

Este porto, depósitos e oleodutos, foram concedidos pela Marinha portuguesa à ENMC por um período de 25 anos e vai implicar um investimento de 15 milhões de euros e que foram autorizados recentemente pelos secretário de Estado  do Tesouro, Ricardo Mourinho Félix, e da Defesa, Marcos Perestrello.

A entrada de novos investidores no mercado de combustíveis é "sobretudo um voto de confiança no Governo e no seu desejo de abertura logística do mercado, nomeadamente a separação patrimonial do transporte de combustíveis inscrita no seu programa, e que a ENMC tem aplicado e supervisionado, como aliás é reconhecido pelo mercado".

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