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Governo tem em licenciamento projeto “de grandes dimensões” de energia eólica offshore

O Governo tem recebido “muitas manifestações de interesse” para o desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore, diz o secretário de Estado da Energia. Um deles está em fase de licenciamento.

05 de Novembro de 2021 às 17:36
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Depois do Windfloat, em Viana do Castelo, Portugal deverá vir a ter mais projetos de energia eólica offshore. Manifestações de interesse não têm faltado, adiantou o secretário de Estado da Energia, esta sexta-feira aos jornalistas, à margem de uma conferência da Elecpor, a associação das empresas do setor elétrico. 

"O offshore tem caído muito de preço e, portanto, queremos já consagrar isso plenamente no nosso sistema elétrico. Temos neste momento muitas manifestações de interesse, e até um projeto em licenciamento de grandes dimensões", revelou João Galamba. 

O secretário de Estado não quis adiantar mais detalhes sobre o projeto, nomeadamente os investidores ou a localiação, porque "ainda está em tramitação". "Não podemos dizer ainda. Mas há muito interesse. Temos sido procurados por empresas que estão a iniciar o seu processo de licenciamento, ou gostariam de iniciar", sublinhou.

Foi neste sentido que o Governo decidiu incluir as eólicas offshore na nova legislação do sistema elétrico nacional, que será colocada em consulta pública na próxima semana. Este tipo de produção era até agora encarada como "experimental". 

"A pergunta era sempre: mas vai haver? Quando? E em que termos? Tudo isto vai ficar claro. O que vamos fazer é normalizar as energias oceânicas. Vão passar a fazer parte do planeamento normal do sistema elétrico nacional, como acontece hoje com as questões em terra", explicou. 

"Quando a REN fizer planos de infraestruturas, olhará para o território nacional incluindo o espaço marítimo e não apenas o território em terra", clarifica.

"Isto dará alguma clareza e previsibilidade aos investidores interessados em investir em eólica offshore. Na proposta que iremos colocar em consulta pública, integramos as infraestruturas do offshore no sistema elétrico e, portanto, no PDIRT".

O objetivo é acelerar o desenvolvimento desta tecnologia. "Estava toda a gente à espera que o eólico offshore flutuante fosse uma realidade mais para o final da década, ou após 2030, mas as coisas aceleraram muito e hoje já temos leilões feitos na Escócia, até com preços bastante competitivos, e que tornam o eólico offshore numa solução, não direi massificada e inteiramente madura, mas que acelerou muito face às expetativas de há um ano ou dois", concluiu João Galamba. 

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