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Governo brasileiro espera privatizar Eletrobras até 2018 sem centrais nucleares

A venda do controlo estatal brasileiro da Eletrobras, a maior empresa de energia do país, terminará em 2018 e excluirá tanto a gigantesca hidroeléctrica de Itaipu, que o Brasil divide com o Paraguai, como centrais nucleares do país.

Bloomberg
22 de Agosto de 2017 às 21:50
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A informação foi hoje divulgada numa conferência de imprensa do Governo, depois do anúncio feito na noite de segunda-feira pelo Ministério de Minas e Energia sobre a alienação.

"Se concluirmos que o projecto nuclear não pode ser privatizado e o da usina hidroeléctrica de Itaipu, estes projectos vão ser separado do processo de vendas. No começo, Itaipu está fora do processo de desnacionalização", disse o secretário-executivo do ministério, Paulo Pedrosa.

De acordo com o secretário, a participação brasileira na hidroeléctrica binacional (50%) Itaipu não pode ser separada da participação do Paraguai (50%), tal como o tratado internacional que permitiu a construção e regula a empresa está acima das leis internas de cada país.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, disse na conferência de imprensa que, apesar destas dificuldades, o assunto ainda terá de ser discutido dentro do Governo e com o executivo paraguaio.

Itaipu, construída no rio Paraná, na fronteira entre os dois países, é a segunda maior barragem do mundo graças à sua capacidade de gerar 14.000 megawatts em vinte turbinas.

A participação do Brasil em energia hidroeléctrica é exercida pela Eletrobras.

Já a Eletronuclear, uma subsidiária da Eletrobras que opera centrais nucleares na cidade de Angra dos Reis, tem actualmente uma capacidade de gerar 2.007 megawatts.

O grupo Eletrobras, com acções negociadas no mercado de São Paulo, Madrid e Nova Iorque, é a maior empresa de geração de energia eléctrica na América Latina, com uma capacidade instalada de 45,390 megawatts (32% do Brasil) em 231 usinas hidroeléctricas, capacidade térmica nuclear, eólica e solar.

O grupo é também líder na transmissão, com cerca de 61.000 quilómetros de linhas.

O anúncio da venda do controlo foi bem recebido pelo mercado.
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