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Governo autoriza abate de 1.821 sobreiros pela EDP para construir parque eólico em Sines

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, autorizou o abate de mais de 1.800 sobreiros declarando a “imprescindível utilidade pública” do projeto do Parque Eólico de Moncorvo, detida pela EDP Renováveis, em Sines.

A EDP Renováveis deverá ter um crescimento do EBITDA para 1,46 mil milhões de euros, segundo as estimativas do Goldman Sachs.
Susana Vera/Reuters
01 de Agosto de 2023 às 12:16
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O Governo deu luz verde à EDP Renováveis para abater mais de 1.800 sobreiros para construir um parque eólico em Sines. O despacho, publicado esta terça-feira e assinado pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, sustenta a decisão pela "imprescindível utilidade pública do Parque Eólico de Morgavel e da linha elétrica a 400 kV de interligação à subestação de Sines".

A empresa Parque Eólico de Moncorvo, que inicialmente tinha projetos para o Norte do país mas atualmente está a implementar o parque eólico de Morgavel, no concelho de Sines, foi adquirida no final do ano passado pela EDP Renováveis. E para avançar com este projeto no Alentejo, a empresa tinha pedido para proceder ao abate de "1.821 sobreiros que radicam numa área de 32,22 hectares de povoamento, localizados nas freguesias de Sines e Porto Covo; UF [União de Freguesias] de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém".

O projeto já viu aprovada a declaração de impacto ambiental, que avalia o investimento em cerca de 66  milhões de euros. Neste seguimento, "considerando que a melhor localização do empreendimento surge da avaliação das alternativas equacionadas em sede de Avaliação de Impacte Ambiental", o Governo aprovou o pedido da empresa.

Uma decisão que teve ainda em conta "o relevante interesse público, económico e social do empreendimento, cumulativamente às obrigações inerentes ao contrato assinado entre a requerente e o Governo Português, a qual se encontra contratualmente obrigada a promover a execução de um Parque Eólico que concorra para o cumprimento pelo Estado Português dos objetivos de Quioto e do Plano Nacional de Energia", justifica o ministro no mesmo documento.

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