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Gigante elétrica dos EUA declara insolvência

A PG&E pediu proteção contra credores ao abrigo do capítulo 11, nos Estados Unidos, depois de os incêndios na Califórnia terem ditado uma situação financeira insustentável para a empresa.

EPA
29 de Janeiro de 2019 às 10:23
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A elétrica norte-americana PG&E pediu proteção contra credores esta terça-feira, 29 de janeiro, ao abrigo do capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos, depois de ter acumulado dívidas insustentáveis na sequência dos incêndios na Califórnia em 2017 e 2018.

 

A maior empresa de energia dos Estados Unidos pediu agora a aprovação do tribunal para um financiamento de 5,5 mil milhões de dólares, de acordo com um documento que consta do processo, citado pela Reuters. A empresa lista ativos de 71,39 mil milhões de dólares e um passivo de 51,69 mil milhões de dólares. 

As ações subiram 8,8% na abertura da sessão em Wall Street, mostrando que os investidores reconhecem que a empresa tem valor para continuar a operar

 

"Ao longo deste processo, estamos totalmente comprometidos em melhorar os nossos esforços de segurança contra incêndios florestais, bem como ajudar nos esforços de restauração e reconstrução nas comunidades afetadas pelos devastadores incêndios florestais do norte da Califórnia", disse o CEO interino da PG&E, John Simon.

 

A empresa comunicou ainda que pretende pagar aos fornecedores de forma integral, e em condições normais, pelos bens e serviços fornecidos na data ou após a data da apresentação do Capítulo 11.

 

Paralelamente, a acionista da PG&E, a BlueMountain Capital Management LLC, disse estar "profundamente desapontada" pelo facto de os responsáveis da empresa terem ignorado os apelos de várias partes para abandonarem o seu "plano imprudente e irresponsável de pedir insolvência".

 

A empresa de investimento informou que vai propor uma reunião de diretores até ao dia 21 de fevereiro, e pediu a todas as partes interessadas da PG&E para apoiarem a mudança na elétrica.

 

O grande incêndio de Camp Fire deflagrou na manhã de 8 de novembro perto da comunidade de Paradise, destruiu toda a cidade e matou, pelo menos, 86 pessoas, sendo considerado o mais violento e destrutivo incêndio da história da Califórnia.

 

A seguradora Munich Re classificou o Camp Fire como a catástrofe natural mais cara do mundo em 2018 e no início deste mês estimou as perdas totais em 16,5 mil milhões de dólares.

 

A PG&E, que já pediu insolvência antes, em 2001, alertou em novembro que poderia enfrentar "perdas significativas" se se concluísse que foi o seu equipamento que provocou o grande incêndio e outros fogos que causaram uma grande destruição.

 

No início deste mês, uma agência estatal de incêndios disse que os equipamentos da PG&E não foram os responsáveis pelo incêndio na Califórnia, mas a empresa enfrenta dezenas de processos de proprietários de casas e empresas que arderam noutros incêndios em 2017.

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