Notícia
Galp critica Governo por permitir passagem de clientes de gás para mercado regulado
Petrolífera portuguesa adianta que a medida expõe a Galp a maiores perdas, numa altura em que acumula já um prejuízo de 135 milhões de euros devido a problemas no fornecimento de gás da Nigéria.
O CEO da Galp Energia critica a decisão do Governo português de permitir que as famílias possam passar para o mercado regulado no gás, de forma a contornarem os aumentos de preço.
"Estamos em conversações com o Governo sobre esta medida, uma vez que acreditamos que contraria os nossos direitos como entidade comercial independente e recua no progresso de anos em direção à liberalização do mercado, que ficou assegurada pela lei", indicou Andy Brown, no evento "CNN Portugal Summit".
O responsável adiantou que a Galp está preparada para trabalhar com o Executivo e outros "players" do mercado, de forma a ajudar os clientes que atravessem dificuldades, contudo adiantou que a empresa perdeu 135 milhões de euros no primeiro semestre devido a percalços no fornecimento de gás vindo da Nigéria e que vender a matéria-prima aos preços do mercado regulado deixaria a Galp exposta a maiores perdas.
No mês passado, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciou esta quinta-feira que o Governo vai permitir que seja possível regressar ao mercado regulado do gás já em outubro para ajudar a mitigar os efeitos nas famílias dos significativos aumentos nos preços do gás anunciados pelas principais comercializadoras em mercado livre.
A medida, que vai vigorar durante 12 meses, reverte a legislação europeia que pretendia a extinção do mercado regulado até 2025.
Até à decisão do Governo, apenas 230 mil famílias permaneciam ainda com esta modalidade, não sendo possível para quem mudava para o mercado liberalizado voltar atrás. No entanto, face ao contexto de preços demasiados altos no gás natural, os 1,4 milhões consumidores que estão no mercado livre vão poder agora ter a possibilidade de escolha e voltar à tarifa regulada definida pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Contudo, Andy Brown alertou, na sua intervenção, que os preços no mercado regulado também podem vir a subir.
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"Estamos em conversações com o Governo sobre esta medida, uma vez que acreditamos que contraria os nossos direitos como entidade comercial independente e recua no progresso de anos em direção à liberalização do mercado, que ficou assegurada pela lei", indicou Andy Brown, no evento "CNN Portugal Summit".
No mês passado, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciou esta quinta-feira que o Governo vai permitir que seja possível regressar ao mercado regulado do gás já em outubro para ajudar a mitigar os efeitos nas famílias dos significativos aumentos nos preços do gás anunciados pelas principais comercializadoras em mercado livre.
A medida, que vai vigorar durante 12 meses, reverte a legislação europeia que pretendia a extinção do mercado regulado até 2025.
Até à decisão do Governo, apenas 230 mil famílias permaneciam ainda com esta modalidade, não sendo possível para quem mudava para o mercado liberalizado voltar atrás. No entanto, face ao contexto de preços demasiados altos no gás natural, os 1,4 milhões consumidores que estão no mercado livre vão poder agora ter a possibilidade de escolha e voltar à tarifa regulada definida pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Contudo, Andy Brown alertou, na sua intervenção, que os preços no mercado regulado também podem vir a subir.
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