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7.700 consumidores já pediram para regressar ao mercado regulado do gás, confirmam Galp e EDP

Todos estes milhares de pedidos deram entrada nas duas empresas energéticas em menos uma semana, após o Governo ter tornado possível o regresso ao mercado regulado do gás natural.

Nigel Roddis/Reuters
13 de Setembro de 2022 às 12:17
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Fonte oficial da Galp revelou esta terça-feira, em declarações ao Negócios, que já recebeu, em menos de uma semana, mais de 4.000 pedidos de celebração de contratos com as nove empresas do grupo que atuam como Comercializadores de Último Recurso (CUR)

A estes pedidos, somam-se os 2.500 que a EDP reporta ter recebido nos primeiros dias, confirmou também fonte oficial da elétrica. A mesma fonte disse ainda ao Negócios que num único dia, esta segunda-feira, deram entrada mais 1.200 pedidos, o que eleva os números da EDP para 3.700, no total, até agora.     

No total, são então 7.700 os pedidos de regresso ao mercado regulado do gás natural que estas duas empresas já receberam, desde a publicação do decreto-lei 57-B/2022 na noite de 6 de setembro.

Esta corrida em massa às mudanças para a tarifa regulada do gás surgiu depois do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, ter dito que os 1,3 milhões de consumidores que estão no mercado livre, e que em outubro arriscam aumentos até 190% nas faturas, não precisavam de esperar mais para regressar ao regulado. Apesar de, neste mercado, o aumento esperado ser de 3,9% a partir de 1 de outubro, será, ainda assim, 33% mais baixo face à oferta mais barata do mercado livre e 60% mais baixa face à comercializadora "mais popular do mercado" e com mais clientes, diz o Governo.

Enquanto na eletricidade há apenas um Comercializador de Último Recurso (CUR) que fornece eletricidade no mercado regulado - SU Eletricidade, que pertence ao Grupo EDP - no gás natural a situação é diferente e o CUR muda consoante a zona geográfica e o concelho de residência.

Com nove empresas a operar como CUR -- Beiragás – Companhia de Gás das Beiras, Dianagás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural de Évora, Duriensegás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural do Douro, Lisboagás Comercialização, Lusitaniagás Comercialização, Medigás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural do Algarve, Paxgás – Sociedade Distribuidora de Gás Natural de Beja, Setgás Comercialização, Transgás, S.A --, espalhadas por todo o país, a Galp detém a maioria dos 227 mil consumidores que em março de 2022 ainda se mantinham no mercado regulado. 

A atuar também como Comercializador de Último Recurso existe ainda na lista da ERSE a EDP Gás Serviço Universal, a Sonorgás – Sociedade de Gás do Norte e a Tagusgás – Empresa de Gás do Vale do Tejo. 

Podem então voltar ao regulado, sem despesas associadas ou necessidade de novas inspeções de gás, os clientes finais com consumos anuais inferiores ou iguais a 10.000 m3. Para isso basta contactar um comercializador de último recurso para o gás. A lista pode ser consultada no site da ERSE. 

Para já a mudança de comercializador pode efetuar-se rapidamente através do operador logístico de mudança de comercializador (OLMC). Basta consultar o portal Poupa Energia, da Adene, fazer uma simulação para o seu perfil no gás (casal com dois filhos, por exemplo) e obter a resposta: a oferta mais em conta é a regulada com uma fatura de 13 euros por mês (157 €/ano).

Escolhido o tarifário, o portal trata do pedido de adesão, contacta o novo comercializador e envia todos os dados necessários. Depois disso, o novo comercializador do regulado contacta o consumidor para confirmar o pedido de adesão.

No entanto, os comercializadores de último recurso devem também disponibilizar, no prazo máximo de 45 dias, a contratação online através dos seus sites na internet. De acordo do o decreto-lei, no prazo de um ano será feita uma reavaliação e ouvida a ADENE e a ERSE, com a entrega de relatório sobre as condições do mercado do gás natural.

No espaço de um ano, entre março de 2021 e março de 2022, o mercado regulado do gás natural passou de 242 mil consumidores para 227 mil, e de um consumo estimado em base anual de cerca de 895 GWh para 863 GWh.

Estes valores representam um decréscimo de 6,1% em número de clientes e uma quebra de 9,6% em consumo, relativamente a março de 2021, refere a ERSE.



Notícia atualizada com novas informações enviadas pela EDP
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