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Galp não licitou no leilão de petróleos mexicanos

A petrolífera nacional estava pré-qualificada para o primeiro leilão histórico de petróleo no México em 80 anos, mas não apresentou nenhuma proposta.

Correio da Manhã
15 de Julho de 2015 às 21:41
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A Galp não apresentou nenhuma proposta no primeiro leilão em 80 anos de petróleos mexicanos. A petrolífera nacional estava pré-seleccionada em conjunto com a britânica BG Group, mas o consórcio não licitou nenhum dos blocos.

A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva encontrava-se entre as 25 empresas e consórcios a concurso para explorar e produzir um dos 14 blocos petrolíferos localizados no sul do Golfo do México em licitação

Este foi um leilão histórico. Esta foi a primeira vez em quase 80 anos que o México abre a porta do petróleo a empresas estrangeiras. A abertura ao exterior deste sector, acontece depois do presidente mexicano ter anunciado no ano passado uma reforma no sector de energia com o objectivo de atrair 50 mil milhões de dólares em investimentos.

Dos 14 blocos a licitar, apenas dois foram arrematados, um nível inferior ao esperado pelo Governo mexicano, com 12 dos blocos a serem considerados "desertos" pois ou não foram apresentadas propostas ou estas não apresentavam os requisitos mínimos. Das 24 empresas e consórcios pré-qualificadas apenas nove apresentaram ofertas.

A Galp estava seleccionada para o leilão em conjunto com a BG Group, companhia comprada este ano pela Shell por 75 mil milhões de euros. A Galp está agora pré-selecionada para outro leilão no México, com a próxima fase a decorrer ainda este mês. 

Estes blocos petrolíferos são de águas pouco profundas, com profundidade inferior a 500 metros. Depois da primeira fase desta primeira ronda, a segunda fase de licenciamentos de exploração vai ter lugar em Setembro, com cinco blocos a leilões, e a terceira em Dezembro, com a licitação de 25 blocos.

Os analistas apontam que a falta de ofertas neste leilão deveu-se às fracas perspectivas de produção. "As águas pouco profundas são a segunda divisão e estas empresas querem jogar na primeira divisão. E as águas profundas são a primeira divisão", disse à Bloomberg o analista Fadel Gheit da Oppenheimer.

Já Brian Youngberg da Edward Jones disse à agência noticiosa que os campos nas águas pouco profundas "talvez não sejam os melhores". "Quando os leilões se afastarem mais da costa, os grandes produtores de petróleo poderão demonstrar mais interesse".

A accionista italiana da Galp, a ENI, chegou a apresentar uma proposta em conjunto com a CASA Exploration. Várias gigantes mundiais estavam também pré-qualificadas como as norte-americanas ExxonMobil e a Chevron, mas também a espanhola Cepsa, a francesa Total ou russa Lukoil.
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